O ministro da Educação, Abraham Weintraub, ao comentar o processo de alfabetização no país, compara o educador Paulo Freire a um ‘vodu sem comprovação científica’ [1]. O ministro afirma que a utilização de Paulo Freire nas escolas traz um resultado ruim e que ‘estados e municípios têm que apresentar bom desempenho em alfabetização’, caso contrário, ‘eles vão receber menos recursos no futuro’ [2]. Ao se referir ao papel do MEC, Weintraub avalia que o órgão deve ser o ministério do ensino e não o da educação, limitando-se à função de ensinar a ‘ler e escrever’ [3]. Complementa ainda que ‘não funciona Paulo Freire’, cuja ideologia seria incorretamente propagada como ideal [4]. Vale notar que o fracasso da educação também será atribuído a Paulo Freire pelo ministro no mês seguinte, ao comentar o resultado do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) aplicado em 2018 [veja aqui]. Quatro meses depois, inclusive, afirma que o educador não tem vez no atual governo [veja aqui]. Os ataques direcionados a ele também são constantes por parte do presidente, ao caracterizar a ‘ideologia de Paulo Freire’ de ‘lixo’ [veja aqui] e chamá-lo de ‘energúmeno’ [veja aqui].
Leia as análises sobre o pensamento de Paulo Freire, a relevância de sua obra, sua aplicação nas escolas públicas do Brasil e a disponibilização de recursos pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) para a educação básica.