Ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirma em entrevista que existem ‘plantações extensivas de maconha’ nas universidades federais e que há ‘laboratórios de química desenvolvendo drogas sintéticas, metanfetamina, e a polícia não pode entrar nos campi’, mesmo sem apresentar provas das alegações. Complementa que teria sido criada ‘falácia que as universidades federais precisam ter autonomia’ e que ‘essa autonomia acabou se transfigurando em soberania’ [1]. Após a manifestação, universidades [2] e entidades sindicais [3] expressam repúdio a fala do ministro. A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados convoca Weintraub para prestar esclarecimentos de suas afirmações [4], oportunidade na qual o ministro reafirma existirem plantações de maconha nas instituições federais de ensino [5]. A fala se insere em contexto mais amplo de ataques à universidade e educação como um todo: ameaça de cortes orçamentários por ‘balbúrdia’ em universidades como UnB, UFF e UFBA, ato depois confirmado com o bloqueio de 30% no orçamento de todas as universidades federais e posteriores desbloqueios parciais [6]; mudança no processo de escolha de reitores [veja aqui], com posterior nomeação de dirigentes temporários nos Institutos Federais de Santa Catarina [veja aqui] e Rio Grande do Norte [veja aqui] e na Universidade Federal do Vale do São Francisco ; e atribuição do fracasso brasileiro em teste educacional a Paulo Freire e PT [veja aqui].
Veja lista de polêmicas e ataques à universidade e educação durante a gestão Weintraub no Ministério da Educação.