Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro elogia presidentes da ditadura militar brasileira e o ditador paraguaio Alfredo Stroessner em público

Tema(s)
Ditadura e memória
Medidas de estoque autoritário
Legitimação da violência e do vigilantismo

Em viagem ao Paraguai para anúncio de novas autoridades da hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu, o presidente Jair Bolsonaro tece elogios aos generais que presidiram o país durante a ditadura militar e ao ditador paraguaio Alfredo Stroessner [1]. Na ocasião, Bolsonaro afirma que a hidrelétrica só teria sido possível por conta das bases criadas pelo ‘grande estadista’ e graças à participação dos generais que ocuparam o poder no Brasil desde 1964 [2]. Atualmente, o regime político de Stroessner, que foi ditador durante três décadas, é investigado pelo Departamento de Memória Histórica e Reparação, ligado ao Ministério de Justiça do governo paraguaio [3]. Dentre os casos investigados e levados a público pela Comissão da Verdade do Paraguai, estão 59 mortes e 336 desaparecidos políticos, cerca de 20 mil vítimas de prisão arbitrária (mais de 94% dos quais foram torturados) e 108 mil pessoas atingidas indiretamente [4]. Além disso, existem acusações de atuação próxima ao narcotráfico e pedofilia [5]. Vale lembrar que o presidente Jair Bolsonaro já homenageou figuras expressivas de ditadura militar brasileira [veja aqui], além de ter atacado vítimas do regime [veja aqui].

Leia as análises sobre figuras da repressão admiradas por Bolsonaro, o legado de Stroessner, a eleição de filho como presidente do Paraguai, a onda conservadora na América Latina e a expulsão de povos originários durante a construção da hidrelétrica de Itaipu

26 fev 2019
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