Em reunião com presidentes de países que detêm a Amazônia, Jair Bolsonaro alega não existirem incêndios na Amazônia e utiliza dados parciais para dizer que desmatamento diminuiu [1]. O Presidente Bolsonaro participa da 2ª Cúpula do Pacto de Letícia, acordo entre países para proteger a Amazônia [2] e diz que a Amazônia não pega fogo por ser floresta úmida, ignorando, através de sua fala, os incêndios ocorridos no ano passado [3] e os dados apresentados pelo Inpe, como já havia feito anteriormente o vice presidente Mourão [veja aqui] [4]. O presidente comemora a diminuição em 28% nos incêndios e desmatamento em julho, se comparado ao ano passado, mas não menciona o aumento em 34% entre agosto de 2019 e julho de 2020 [5]. Bolsonaro se queixa ao afirmar que as críticas feitas aos governos presentes na conferência são injustas, justificando-as com o interesse econômico de outras nações na Amazônia [6]. Não é a primeira reunião, com outros presidentes, em que Bolsonaro critica opiniões de outros países em relação às políticas ambientais brasileiras [veja aqui].
Leia a análise sobre os erros nas falas do Bolsonaro durante a conferência do Pacto de Letícia.