Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro cometeu ao menos 07 atos contra recomendações médicas e sanitárias na terceira semana de setembro, em meio à pandemia

Tema(s)
Conflito de poderes, Distanciamento social, Negacionismo
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Como na semana [veja aqui] e no mês anteriores [veja aqui], o presidente da República, Jair Bolsonaro, descreditou recomendações médicas e sanitárias. Em 15/09, usou redes sociais para criticar suposta ‘falta de humildade’ daqueles que não estariam de acordo com o tratamento via cloroquina, medicamento que defende a despeito da falta de evidências científicas [veja aqui] [1]. Em 16/09, no dia da posse do ministro da Saúde Eduardo Pazuello, – que já era interino há quatro meses [veja aqui], o presidente disse que escolas não deveriam ter sido fechadas durante a pandemia, que não tinha responsabilidade pela implementação de medidas restritivas e que governadores e prefeitos agiram mal para conter a crise [2] [veja aqui]. Na mesma ocasião, também voltou a defender o uso de hidroxicloroquina para o tratamento inicial da covid-19. No dia seguinte, contrariou recomendações sanitárias ao visitar município do Ceará, causando aglomerações e não usando máscara [3]. Em 18/09, ao visitar o estado de Mato Grosso, tomado por queimadas, ele causou aglomerações e cumprimentou, sem máscara, apoiadores [4]. Durante encontro com produtores agrícolas, não mencionou os problemas ambinetais candentes e parabenizou-os por não terem cedido a uma suposta ’conversinha mole de ficar em casa’ [5] [veja aqui]. No dia seguinte, defendeu sua atuação na pandemia durante evento da igreja Assembleia de Deus, em Brasília: ‘graças a Deus’ estaria no caminho certo [6] [veja aqui]. Em 20/09, foi a evento da comunidade gaúcha em Brasília, posou para fotos e novamente não usou máscara [7]. Entre 15 e 21/09, o número de infectados pela covid-19 no país subiu de mais de 4,3 milhões [8] para mais de 4,5 milhões [9] e as mortes atingiram o patamar de mais de 137 mil pessoas [10], segundo dados do consórcio de veículos da imprensa.

Leia a análise sobre o descumprimento de recomendações sanitárias por autoridades de Estado

21 set 2020
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