Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Diretor da Ceagesp pede que funcionários compareçam a evento com presidente e usem roupas da cor da bandeira do Brasil

Tema(s)
Administração, Posicionamento político
Medidas de estoque autoritário
Violação da autonomia institucional

A diretoria da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) pede para que funcionários e visitantes se vistam de verde e amarelo durante visita de Jair Bolsonaro para inauguração da ‘Torre do Relógio’ [1]. A chefia da Ceagesp é atualmente exercida pelo policial militar, Ricardo Mello Araújo, que foi nomeado a despeito dos requisitos técnicos para o cargo [veja aqui]. Mesmo em meio ao aumento do número de casos de covid-19, a visita provoca aglomeração de centenas de apoiadores do presidente, muitos deles sem máscara [2]. Também são registradas manifestações contrárias à Bolsonaro, que pedem ‘Vacina, já’ [3]. O discurso de Bolsonaro é marcado por declarações contrárias à privatização da companhia e por ataques ao governador João Dória (PSDB-SP), que é indiretamente chamado de ‘rato’ [4]. Ao ser questionado sobre as declarações do presidente e o uso do termo ‘rato’, Dória diz que Bolsonaro não ‘deve estar se referindo a si mesmo e ao seu próprio governo’ [5]. Alguns dias após o evento, as lojas da Ceagesp recebem pedido para dar descontos de até 20% nas compras efetuadas por policiais militares [6]. Os conflitos do presidente com o governador de São Paulo têm aumentado, principalmente pela inclusão ou não da vacina desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac no plano nacional de imunização [veja aqui].

Leia análise sobre a visita de Bolsonaro à Ceagesp sobre o desconto oferecido por Bolsonaro nas compras efetuadas por policiais militares,

10 dez 2020
Mês Filtros