Após demitir o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta [veja aqui] , o presidente Jair Bolsonaro confronta o presidente da câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em entrevista à CNN Brasil, acusando-o de conspirar contra a sua gestão [1]. Bolsonaro ainda afirma que a atuação de Maia é péssima e que ‘ele está conduzindo o país ao caos’ com medidas econômicas ‘escandalosas’ – em referência ao projeto emergencial aos estados e municípios [2]. Segundo ele, além de Maia, o Supremo Tribunal Federal e o governador de São Paulo, João Doria, estariam envolvidos em plano contra o governo, e isso teria embasamento em dados obtidos pela Inteligência, segundo apuração midiática [3] [veja aqui]. Em resposta, Rodrigo Maia rebate acusações e diz não atacar Bolsonaro. Já a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Simone Tebet (MDB-MS), cobra pedido de desculpas do presidente ao Congresso por fala ‘‘infeliz’ e ‘indevida’ [4]. Em seguida, Bolsonaro desmente a existência de dossiê de inteligência sobre suposto complô [5]. O fato ocorreu devido à participação de Maia em nota de defesa a Mandetta que reprovava a sua saída do posto. Após crítica a Bolsonaro, Rodrigo Maia recebe 1,6 milhão de publicações negativas em rede social, o maior ataque digital já sofrido pelo parlamentar [6].
Leia as análises sobre o isolamento político do presidente, que já havia começado antes do episódio pontual com Maia e a repercussão na mídia internacional.