Em meio a série de eventos em que atacou o isolamento social e defendeu uso de cloroquina, Bolsonaro teve postagens deletadas por ‘desinformação’. Após desconsiderar recomendações sanitárias em ato pró-governo [veja aqui], Bolsonaro anda por Brasília, gerando aglomeração de pessoas, incluindo crianças e idosos um dia após o então ministro da Saúde defender políticas de isolamento social [1]. O Presidente atacou a Folha de São Paulo em duas ocasiões pela cobertura do veículo ter se referido ao tour como “passeio” [2]. Do evento, Bolsonaro fez postagens que faziam referência ao uso da cloroquina (composto de eficácia não comprovada contra a covid-19) e defendiam o fim do isolamento social. O Twitter pela primeira vez apagou posts de Bolsonaro, alegando que seriam “informações contra a saúde pública” [3]. A plataforma foi seguida pelo Facebook e Instagram [4], que afirmaram que as publicações geram “desinformação” que poderia “causar danos reais às pessoas”. Embora seja a primeira vez que essas redes sociais apagaram postagens de Bolsonaro, o Twitter já havia deletado postagens feitas por pessoas ligadas ao Governo Federal por ocasião da crise da covid-19: Flávio Bolsonaro, filho do Presidente, e Ricardo Salles, ministro do Meio-Ambiente, tiveram tuítes deletados [5].
Leia as análises sobre por que as plataformas estão removendo esse tipo de conteúdo, a opinião de pesquisadores sobre esse tipo de filtragem de informações, a relação entre o negacionismo do Presidente e sua situação política e outros líderes mundiais que tiveram suas postages apagadas.