Após a saída de Luiz Henrique Mandetta [veja aqui], o novo titular da pasta da saúde, Nelson Teich, privilegia a nomeação de militares em detrimento de servidores de carreira para os postos estratégicos no Ministério. São publicadas exonerações dos servidores e diversos cargos deixados vagos [1]. Ocupa o cargo de secretário-executivo (uma espécie de ‘número 2’) da pasta, a mando de Jair Bolsonaro, o general Eduardo Pazuello [2]. Segundo Teich, a ocupação de cargos por militares seria somente no período da pandemia por se tratar de um ‘período de guerra’ [3]. Por um lado os militares na pasta poderiam servir para tutelar e evitar o protagonismo do ministro da Saúde, especialmente após a demissão de Luiz Henrique Mandetta ante embates com Bolsonaro. Por outro, segundo o presidente, os militares seriam necessários para coordenar a transição na pasta, já que Teich não tem experiência no setor público [4]. Diversas secretarias são mantidas vagas aguardando o aval do presidente para seu preenchimento [5]. Na mesma semana, porém, Teich pede demissão [veja aqui].
Leia a análise sobre os cargos ocupados por militares na pasta da saúde.