Deputado Federal Eduardo Bolsonaro rebate jornalista Vera Magalhães nas redes sociais e indaga se o povo brasileiro choraria caso uma bomba de hidrogênio (tipo de arma nuclear) atingisse o Congresso Nacional. A jornalista publicou trecho de entrevista na qual o presidente Jair Bolsonaro em 2018, ainda como presidenciável, diz que haveria festa no Brasil caso o Parlamento fosse bombardeado [1]. O deputado federal, filho de Bolsonaro, sai em defesa do pai e diz que a jornalista viveria dentro de uma ‘bolha’ que a afastaria da percepção geral da população brasileira. Por fim, questiona se Vera tentaria gerar atrito entre o presidente e o Congresso com a publicação da entrevista [2]. O contexto das falas se dá após a jornalista ter noticiado que Jair Bolsonaro teria convocado a populção para manifestações pró-governo e contra o Congresso Nacional, fato que se confirmou no dia 15/03/2020 com o ato ocorrido em Brasília [veja aqui].
Leia análise sobre o papel dos filhos de Bolsonaro na radicalização dos discursos do pai durante a pandemia.
Atos que trazem como justificativa o enfrentamento da pandemia de covid-19 ou outra emergência. Sob o regime constitucional democrático, atos de emergência devem respeitar a Constituição e proteger os direitos à vida e à saúde. Mesmo assim, por criarem restrições excepcionais ligadas à crise sanitária, requerem controle constante sobre sua necessidade, proporcionalidade e limitação temporal. A longo prazo, demandam atenção para não se transformarem em um 'novo normal' antidemocrático fora do momento de emergência.
Atos que empregam ferramentas da constante reinvenção autoritária. Manifestações autoritárias que convivem com o regime democrático e afetam a democracia como sistema de escolha de representantes legítimos, como dinâmica institucional que protege direitos e garante o pluralismo.