O Ministro da Justiça Sergio Moro teria pedido ao Ministério Pública e à Polícia Federal a abertura de inquérito contra coletivo responsável pela organização do Facada Fest, segundo a ‘Folha de S. Paulo’ [1]. Os organizadores afirmam ter recebido intimação da Polícia Federal em 24/02, assinada por Sergio Moro e pelo procurador-geral da República, Augusto Aras [2], e terem sido interrogados em 27/02 [3]. O evento, um festival de música punk que acontece no Pará, tem em sua divulgação cartazes críticos ao presidente, como um em que ele aparece usando um bigode como o de Hitler e vomitando fezes em cima de uma floresta. A consultoria do ministério da Justiça apontou, segundo nota, a necessidade de investigação e prática de crime contra a honra do Presidente, bem como apologia à violência [4]. Sergio Moro afirma não ter sido quem decidiu pela abertura do inquérito, mas alega que ‘poderia ter sido’. Ele defendeu que não se tratava de mera crítica, mas sim de apologia ao crime [5]. Em 15 de setembro, o Ministério Público Federal (MPF) oferece denúncia contra os organizadores do Facada Fest por crime de injúria e apologia ao crime – em relação ao cartaz que simula um lápis empalando um palhaço que, supostamente, faria referência à facada que Bolsonaro levou em 2018 [6]. Nas redes sociais, o Facada Fest afirma que a denúncia se caracteriza como uma ‘violação à lberdade de expressão e ao direto de manifestação crítica e artística’, além de consitir em ‘perseguição política’ [7].