Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro diz que vídeo apontado como prova de interferência presidencial na PF apontada por Moro, deveria ter sido destruído

Tema(s)
Administração, Transparência
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

No Palácio do Planalto, ao conversar com jornalistas, Bolsonaro diz que vídeo de reunião ministerial ocorrida em 22/04, apontado como prova pelo ex-ministro Sérgio Moro [veja aqui] no inquérito sobre a interferência do presidente na Polícia Federal [veja aqui], deveria ter sido destruído e que sua preocupação é com a segurança de sua família [1]. Haveria suspeitas de que o vídeo vazou para algumas fontes e, segundo ele, quem fez o vazamento estaria ‘prestando desserviço’, e a imprensa, nesse caso, estaria divulgando ‘fake news’: ele diz que não há na reunião as palavras ‘PF’ e ‘Superintendência’, o que indicaria sua irrelevância para o inquérito [2]. O episódio remonta à decisão do relator do inquérito (Celso de Mello) de ordenar a juntada de cópia de vídeo e determinar seu sigilo temporário [3]. As informações vazadas se relacionam a possíveis ações antidemocráticas de ministros do Executivo [4]; segundo apurado, o Ministro da Educação teria ofendido os ministros do STF [5] e a Ministra dos Direitos Humanos teria defendido a prisão de prefeitos e governadores [6]. O senador Randolfe Rodrigues [7] e a defesa de Sergio Moro [8] requerem a divulgação do vídeo ao relator. Em 14/05, o PGR dá parecer no sentido da não divulgação da íntegra do vídeo, sob risco de uso político do conteúdo e criação de instabilidade pública [9] e a Advocacia Geral da União solicita divulgação seletiva de falas do presidente e contradiz-no ao transcrever trechos em que ele menciona a PF na reunião [10]. Em 22/05, o Ministro do STF Celso de Mello libera a íntegra do vídeo [11] [veja aqui].

Leia as análises sobre os acontecimentos durante a investigação do caso e o interesse público na divulgação do vídeo.

12 maio 2020
Mês Filtros