Com a publicização da integralidade do vídeo de reunião ministerial [veja aqui], apontado pelo ex-Ministro Sérgio Moro como prova de interferência do presidente na Polícia Federal [veja aqui], declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a sociedade civil e Forças Armadas vêm a público. Na ocasião, ele defende armar a população, porque ‘um povo armado jamais será escravizado’ [1]. Segundo ele, essa medida evitaria a imposição de uma ditadura no país [2]. Já sobre as Forças Armadas, diz que é ‘o chefe supremo’, em alusão à redação do Artigo 142 da Constituição Federal [3]. Diz também que ‘todo mundo quer cumprir o Artigo 142’ e que, ‘havendo necessidade, qualquer dos poderes, pode (…) pedir às Forças Armadas que intervenham pra restabelecer a ordem no Brasil, naquele local’. Com as declarações, os temas vêm ao centro do debate público [4]. Manifestantes passam a entoar a ideia de armar a população [5], em contexto de recente confissão de ativista de que haveria armas em acampamento pró governo (‘300 do Brasil’) [6]. O papel das Forças Armadas é invocado por setores governistas [veja aqui]. No mês seguinte, partido político da oposição requer a delimitação do papel constitucional das Forças Armadas no Supremo Tribunal Federal [veja aqui] e o acampamento armado a favor do governo é desmobilizado pela Polícia Militar do Distrito Federal [7] [veja aqui].
Leia a análise sobre a declaração do presidente.