Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro cometeu ao menos 02 atos contra recomendações médicas e sanitárias na primeira semana de janeiro, em meio à pandemia

Tema(s)
Distanciamento social, Negacionismo
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Como no mês anterior [veja aqui], o presidente da República, Jair Bolsonaro, descreditou recomendações médicas e sanitárias. Em 01/01, Bolsonaro criou aglomeração em Praia Grande, no litoral paulista, e não utilizou máscara [veja aqui] [1]. Em 07/01, disse lamentar que o país atingiu a marca de 200 mil mortes por covid-19, em videoconferência semanal, mas que nem todas elas seriam em decorrência da doença [2]. Na mesma ocasião, voltou a criticar medidas de isolamento, sugeriu o enfrentamento do vírus e disse que a vacinação não deve ser compulsória: ‘você na ponta da linha decide se vai tomar a vacina ou não’ [3], mesmo já havendo decisão do Supremo Tribunal Federal pela obrigatoriedade da vacinação [4]. No ano passado, o presidente já havia sugerido ‘enfrentar’ o vírus como ‘homem’ [veja aqui] e sugerido que não tomaria a vacina [veja aqui], em mais de uma ocasião [veja aqui]. Em abril de 2020, quando o número de mortes por covid-19 no país – 5.000 ao total – ultrapassaram aquele da China, ele disse que lamentava, mas se escusou de responsabilidade: ‘e daí? Quer que eu faça o quê?’ [veja aqui]. No mesmo mês, também afirmou que não era coveiro [veja aqui]. Quando o país atingiu a marca de 10 mil mortes, em maio de 2020, fez passeio de jet ski em Brasília [veja aqui]. Com 100 mil mortes contadas em agosto, ele disse que era preciso ‘tocar a vida e se safar’ do problema [veja aqui]. Entre 01/01 e 07/01, o número de infectados pela covid-19 no país subiu de mais de 7,6 milhões [5] para mais de 7,9 milhões [6]; em 07/01 o país ultrapassou a marca de 200 mil mortes também [7], segundo dados do consórcio de veículos da imprensa.

Leia pesquisa sobre a gestão pública durante a pandemia no país

07 jan 2021
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