Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo, Legislativo
Nível
Federal

O governo Bolsonaro realizou 580 ofensas à imprensa em 2020 segundo ONG especializada

Tema(s)
Imprensa, Posicionamento político
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Relatório aponta que 580 ofensas foram destinadas à imprensa em 2020 pelo governo, de acordo com ONG Repórteres sem Fronteiras [1]. As ofensas foram realizadas pelo presidente, por ministros e pelos próprios filhos de Jair de Bolsonaro que ocupam cargos como vereador, deputado federal e senador [2]. O principal espaço de ataques à imprensa foram as redes sociais [3]. O relatório denomina o conjunto de ataques como ‘sistema Bolsonaro para hostilizar a imprensa’ e 85% das ofensas são desferidas pela família Bolsonaro [4]. Entre os exemplos de ataques a jornalistas, citam-se às ofensas de cunho sexual destinadas à jornalista Patrícia Campos Mello [veja aqui] [veja aqui] [5] e contra repórter que questionou depósitos realizados pelo assessor de Flávio Bolsonaro a primeira dama Michelle, a quem o presidente ameaçou de dar ‘porrada’ [veja aqui]. É referida, ainda, a suspensão de cobertura jornalística no Palácio da Alvorada [veja aqui] [6]. Dos vaŕios ataques a diferentes grupos de comunicação, o grupo ‘Globo’ foi o que quem mais teve a credibilidade atacada, com 192 ofensas [7]. Em mais de uma oportunidade no ano passado, Bolsonaro se referiu a veículos de imprensa como ‘lixo’ [veja aqui] [veja aqui]. Mas em 2020, a ONG já havia relatado queda do Brasil no ranking de liberdade de imprensa após a segunda queda consecutiva [veja aqui]. Outra organização, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), também já havia contabilizado 245 ataques do presidente à imprensa no primeiro semestre de 2020 [veja aqui], e 116 casos de ofensas contra jornalista em 2019 [veja aqui].

Entenda o que são as liberdades de imprensa e de expressão veja o histórico da censura na ditadura militar e a importância da imprensa para a democracia.

22 jan 2021
Mês Filtros