Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Somente após 2 meses da decretação do estado de calamidade pública no Brasil, Ministério da Saúde prevê criação de unidades de atendimento nas periferias

Tema(s)
Periferias, Saúde
Medidas de estoque autoritário
Ataque a pluralismo e minorias

Somente após 2 meses da decretação [1] do estado de calamidade pública no Brasil [veja aqui], Ministério da Saúde prevê criação, através de Portaria [2], de unidades de atendimento inicial no combate à covid-19 para moradores das periferias brasileiras. A medida dispõe financiamento para os Centros Comunitários de Referência, espaços que serão estruturados nas periferias visando identificação de casos de coronavírus, acompanhamento e atendimento dos casos mais leves, e encaminhamento dos mais graves para hospitais. A previsão, no entanto, não trata da construção de novas unidades, mas da utilização de espaços já existentes – como postos de saúde e até centros comunitários e associações de moradores – para adaptação do atendimento descrito [3]. Em 29/05, data da previsão normativa de criação das unidades de atendimento, o Ministério da Saúde já registrava no Brasil mais de 465 mil casos e mais de 27 mil mortes decorrentes da covid-19 [4]. Periferias no Rio de Janeiro registram omissão do poder público no amparo de política funerária, como a extração de corpos vítimas da covid-19, e também questionam dados oficiais referente a casos e óbitos [5]. Mecanismos próprios de monitoramento e levantamento de dados da doença nas periferias são criados por membros das próprias comunidades [6].

Leia sobre subnotificação de casos, taxa de atendimento médico e organizações atuantes nas periferias no combate à covid-19.

29 maio 2020
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