O presidente Jair Bolsonaro cita texto em suas redes sociais que diz que ‘diálogos de procuradores da Lava Jato revelam complô contra família Bolsonaro’ [1] e insinua ‘perseguição’ [2]. Junto ao texto, o presidente afirma que ‘além de quebra criminosa de sigilos’ houve uma tentativa para ‘cooptar’ a indicação do procurador-geral da República em 2019 [3]. O presidente faz referência ao seu filho, senador Flávio Bolsonaro, que é investigado por movimentações atípicas em esquema de ‘rachadinhas’ na Alerj, com base em relatório do COAF [veja aqui][4]. A afirmação também faz referência a suposta relação entre Deltan Dallagnol e vazamentos de dados de sua família que ocorreram em 2019, o presidente insinua um movimento para ‘cooptar’ a indicação do Procurador Geral da República [5]. À época, Augusto Aras [veja aqui] foi escolhido, mesmo fora da lista tríplice da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR). O contexto dessas afirmações do presidente são as conversas vazadas de procuradores da operação Lava Jato, apreendidas na operação Spoofing [6]. Jair Bolsonaro já havia dito no dia 12/02, a seus apoiadores no Palácio da Alvorada, que foi citado em conversas vazadas entre procuradores da Lava Jato, e iria divulgar a ‘perseguição’ no conteúdo das mensagens [7].