A Polícia Militar (PM) de São Paulo utiliza bombas de efeito moral para dispersar pessoas aglomeradas na praia, em Bertioga, tendo em vista que as aglomerações em locais públicos estão proibidas como medida de contenção dos casos de covid-19 [1]. A PM é acionada por moradores pela manhã, por volta das 06 h, e inicia a dispersão das pessoas da praia [2]. O acesso às praias, calçadões, faixas de areia e jardins está totalmente proibido desde o dia 31 de dezembro. Ninguém é ferido ou preso [3]. As polícias estaduais têm sido utilizadas para controle da pandemia e de aglomerações, como foi o caso em manifestação contra Bolsonaro em Belém, que resultou em 112 detidos [veja aqui] e em protestos contra racismo e fascismo em estados como Rio de Janeiro e São Paulo [veja aqui].
Leia análise sobre como a atuação da polícia pode adotar padrões de risco diferentes.
Representantes do governo de São Paulo e do Instituto Butantan, responsável pela produção da vacina CoronaVac, realizam coletiva de imprensa nesta data e divulgam dados incompletos sobre sua eficácia [1]. A ideia inicial era de divulgação de dados preliminares ainda em 12/12/2020, junto com pedido de registro de urgência na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas o governo recuou em seguida e, só em 23/12/2020, após ter de novo mudado estratégia de registro da vacina junto à Anvisa, o Butantan afirma que o imunizante atingiria o ‘limiar de eficácia’ requerido [2]. Durante a coletiva, autoridades anunciam eficácia de 78% da vacina para prevenir casos graves, moderados ou leves de covid-19, o que é falacioso e acaba incentivando o discurso o antivacina [3]. Os números apresentados por Dória são baseados em informações parciais, pois os dados completos da pesquisa não poderiam ser divulgados em razão de acordo do Butantan com a empresa chinesa Sinovac, que fornece a vacina [4]. Apenas após pressão para a divulgação dos dados completos, mais informações são liberadas em 12/01 e a eficácia global apontada é de cerca de 50%, o que indica sua capacidade de redução de riscos de contrair a doença; outros dados, como a duração da imunização, ainda não são revelados [5]. porcentagem é considerada boa e dentro dos limites aceitos pela comunidade científica, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) [6]. Pesquisadores da área da Saúde apontam que é prejudicial a tentativa do governo de fazer o resultado da vacina parecer mais favorável e que essa divergência de informações gera medo e insegurança na população [7]. Em 17/01, uma semana antes do previsto pelo governo de São Paulo para início da vacinação, a primeira pessoa é vacinada no país [8]. Vale lembrar que o presidente da República Jair Bolsonaro já se pronunciou publicamente contra a vacinação [veja aqui] e disse também que também não apoia a compra do imunizante de origem chinesa pelo governo brasileiro [veja aqui]. Após as declarações de Dória, o presidente se manifesta ironizando a eficácia da vacina [veja aqui].
Leia análise sobre as ações do governador de São Paulo, João Dória, para promover a vacinação no estado.
Governo de São Paulo flexibiliza medidas da quarentena por meio da suspensão antecipada de decreto que impunha restrições relativas à fase vermelha [1]. O decreto assinado em 25/01 e com duração prevista até 07/02 restringiu o funcionamento de bens e serviços, permitindo apenas a execução de atividades econômicas essenciais, e passando a valer das 20h às 6h em dias úteis e durante os finais de semana [2]. Com o retorno antecipado à fase laranja, restaurantes, academias, parques, cinemas e shoppings poderão voltar a funcionar com capacidade reduzida durante os finais de semana até às 20h [3]. A suspensão ocorre após amplo desrespeito das medidas de isolamento por estabelecimentos comerciais considerados não essenciais durante o primeiro final de semana após o decreto [4]. No dia 01/02, o governador, João Dória, já havia antecipado sua decisão e indicado a suspensão do decreto após a constatação da redução da ocupação de leitos de UTI [5]. Dois dias depois, durante o anúncio da suspensão, Dória reiterou a melhoria e indicou uma diminuição de 11% nas internações pela covid-19 [6]. Apesar das declarações, os dados de 02/02 revelam que 15 hospitais do estado apresentavam ocupação superior a 80% e que o número de mortes seguia estável, registrando-se mais de 200 óbitos diários [7]. Em 19/02, o plano é novamente revisto, sendo que duas regiões – Presidente Prudente e Barretos – retornam à fase vermelha [8], enquanto seis regiões avançam para a fase amarela – Grande São Paulo, Araçatuba, Sorocaba, Registro, Campinas e Baixada Santista – e têm os horários para consumo de álcool em estabelecimentos comerciais ampliado para às 22h [9]. Vale notar que, desde março, o governo de São Paulo adota medidas de quarentena [veja aqui]; ao mesmo tempo, já foram apresentadas denúncias sobre discrepância e omissão de dados relacionados à covid-19 pelo estado [veja aqui].
Leia análise sobre a utilização de lockdown em cidade do interior de São Paulo como estratégia para conter novas variantes de coronavírus.
O governador de São Paulo, João Dória, assina decreto incluindo Igrejas na lista de serviços essenciais – que não podem ser interrompidos – em contexto de adoção de medidas para combater a pandemia do coronavírus [1]. Dória afirma que pretende transformar o decreto em lei e reforça que medidas sanitárias como ocupação limitada, distanciamento social e uso obrigatório de máscaras terão que ser respeitadas [2]. O governador diz que, por ser católico, entende que ‘a oração ajuda muito a aumentar’ a resiliência, resistência e esperança em relação ao futuro, e por isso seria importante reconhecer a religião como um serviço essencial [3]. Uma semana antes de assinar o documento, o próprio governador havia vetado projeto de lei do deputado estadual Gil Diniz (sem partido) que enquadraria a atividade religiosa como serviço essencial em tempos de pandemia [4]. Um dia após a assinatura do decreto, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) pede em carta aberta ao público ‘maior rigor nas medidas de restrição das atividades não essenciais, de acordo com a situação epidemiológica e capacidade de atendimento de cada região’ [5]. A entidade, que reúne os 27 secretários de Saúde do país, também recomenda lockdown nas regiões ‘com ocupação de leitos acima de 85% e tendência de elevação de casos e mortes’ [6]. O Ministério Publico de São Paulo estuda medidas para retirar atividades religiosas da lista de serviços essenciais no estado [7]. Em março do ano passado, o governo federal assinou decerto reconhecendo atividades religiosas como serviço essencial e a questão foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu que a competência para incluir práticas religiosas na lista de serviços essenciais passa a ser de estados e municípios, o que não isenta a União de planejar e adotar medidas de enfrentamento da crise sanitária [veja aqui]. O advogado Flávio Grossi entra com ação popular na Justiça pedindo que o decreto assinado por Dória seja anulado. Segundo o advogado, o decreto representa “risco iminente de dano irreversível ao patrimônio do estado”, pois favorece aglomerações no interior de Igrejas, templos e centros religiosos aumentando assim o número de infecções pela covid-19 [8].
Entenda por que igrejas e templos são considerados por cientistas como locais propícios para contaminação do coronavírus
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) autoriza que a cidade de São José dos Campos (SP) se mantenha na fase laranja (menos restritiva) do Plano São Paulo de combate ao coronavírus, indo contra a determinação do governador João Doria (PSDB) [1]. A decisão aponta que o município tem menos de 75% dos leitos de UTI ocupados e, por tais razões, não haveria necessidade de ingressar na fase vermelha juntamente com o restante do estado [2]. Doria havia determinado que todo o estado ingressasse na fase vermelha do Plano São Paulo a partir do dia 06/03, tendo em vista que o estado passa pela fase mais crítica desde o início da pandemia [3]. A determinação do TJ-SP, que atende a pedido da prefeitura de São José dos Campos, é tomada pelo Desembargador Jeferson Moreira de Carvalho [4] no dia em que o Brasil registra mais de 1,7 mil mortes diárias por covid-19 [5]. Em 08/03, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, a pedido do governo de São Paulo e do Ministério Público de São Paulo, suspendeu a decisão do TJ-SP [6]. Para o ministro, é preciso haver harmonia entre as ações estaduais e municipais; ele também ressalta o fato de que as medidas do governo estadual vão além dos interesses locais dos municípios [7]. Diante da decisão, a cidade de São José dos Campos retornou à fase vermelha, porém reduziu os valores de multas para o descumprimento [8]. Não foi a primeira vez que o Judiciário ingressa em assuntos relacionados às medidas restritivas de combate à covid-19, em 13/03, por exemplo, o presidente do TJ-SP reverteu a proibição de retomada das aulas presenciais em fases agudas da covid-19 no estado [veja aqui].
Leia análises sobre as interferências do Poder Judiciário nas medidas de combate à covid-19 e sobre o papel do judiciário no enfrentamento da pandemia.
O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Geraldo Francisco Pinheiro Franco, derruba liminar que proibiu aulas presenciais nas redes de ensino estadual durante a fase crítica da pandemia [1]. Em dezembro de 2020, o governo do estado de São Paulo baixou decreto [2] com plano para retomada gradual das aulas na rede pública de ensino. A liminar derrubada havia sido concedida em 11/03 pela juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, atendendo a solicitação judicial do deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) [3]. A ação popular movida pelo deputado é baseada no argumento de que professores vinham sendo convocados a dar aulas sem que as instituições de ensino oferecessem as condições de segurança sanitária adequadas [4]. O presidente do TJ-SP defende que a decisão liminar desrespeita a ordem pública, pois desconsidera a atuação das autoridades da administração que seriam legalmente constituídas para realizar decisões de política pública para contenção da covid-19 [5] e cita os estudos que mostram que as escolas podem ser o ambiente mais seguro para as crianças, desde que cumpridos protocolos [6]. A determinação do fechamento das escolas está em consonância com diretrizes estabelecidas em carta emitida pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) [7]. O Conselho que reúne secretários de saúde de todos os estados, sugere no documento toque de recolher nacional e suspensão do funcionamento de escolas [8]. Em nota o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), critica o fechamento das escolas e a carta do Conass, sugerindo que comitês científicos, autoridades sanitárias e gestores educacionais devem definir, ‘localmente, com serenidade, sobre o modelo organizacional de ensino nas escolas, com segurança para estudantes e profissionais’, levando em consideração os possíveis prejuízos educacionais que podem atingir milhões de estudantes em todo o Brasil [9]. Ainda em março do ano anterior, todos os governos estaduais e/ ou municipais cancelaram as aulas presenciais nas escolas [veja aqui] e, desde então, o judiciário vem sendo provocado a arbitrar decisões relacionadas a abertura de escolas e de igrejas gerando instabilidade no combate a pandemia [10]. No Maranhão, por exemplo, foi ele o responsável por decretar lockdown em quatro cidades no mês seguinte [veja aqui] e em abril, pior mês da pandemia, o TJ do Rio de Janeiro também suspende a liminar que proibia a reabertura das escolas [11].
O youtuber Felipe Neto é intimado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro a prestar depoimento em investigação que o acusa de calúnia e de violação à Lei de Segurança Nacional (LSN) [1]. Essa é a segunda vez que Neto é investigado criminalmente com base na LSN: em setembro de 2020, deputado federal requereu abertura de inquérito contra o youtuber em razão dele ter apresentado posição contrária ao governo federal [veja aqui]. De acordo com Neto, a atual investigação apresenta motivação semelhante; a intimação ocorre após ele ter se referido ao presidente Jair Bolsonaro como ‘genocida’ pela sua má gestão durante a pandemia [2]. A investigação é classificada pelo influenciador digital como ‘tentativa de silenciamento’ e ‘intimidação’ [3]. O termo ‘genocídio’ já foi utilizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes em julho de 2020 para se referir a atuação das Forças Armadas na pandemia, declaração que gerou representação também fundamentada na LSN do Ministério da Defesa [veja aqui]. A investigação contra Neto se dá em um contexto de utilização recorde da LSN por autoridades do governo desde 2019 [veja aqui], tendo sido registrados casos contra opositores políticos [veja aqui], contra chargista e jornalistas [veja aqui], contra advogado criminalista que também criticou a gestão de Bolsonaro [veja aqui] e ameaças a servidores do governo [veja aqui], totalizando 51 procedimentos investigatórios só em 2020 [4]. Além disso, o Procurador Geral da República aponta que a Polícia Civil não seria competente para abrir inquérito com base na LSN, uma vez que a utilização desta legislação é de atribuição exclusivamente federal [5]. Juristas também consideram que a fala de Neto não cumpre os requisitos objetivos da LSN e não apresenta potencial ofensivo à segurança nacional [6]. Em reação ao caso, é iniciada mobilização virtual com o uso da hashtag #BolsonaroGenocida [7]. Três dias depois, em decisão liminar, juíza suspende o inquérito contra Neto e fundamenta sua decisão com base na incompetência da Polícia Civil para iniciá-lo [8] [9]. No mesmo dia, o youtuber anuncia a criação da iniciativa ‘Cala boca já morreu’, frente de advogados voltada a defender gratuitamente pessoas que forem processadas por criticar o presidente ou qualquer autoridade pública [10].
Veja linha do tempo sobre a história da Lei de Segurança Nacional e ouça podcast sobre a aplicação da LSN no caso de Felipe Neto.
Policial Militar (PM) à paisana mata jovem negro de 20 anos na periferia de São Paulo [1]. Thiago Aparecido Duarte de Souza saiu para comprar leite no mercado do bairro Jardim Limoeiro e parou para conversar com Fernando Henrique Andrade da Silva, 27, também morador da comunidade [2]. Os jovens são abordados violentamente por policiais que consideraram os rapazes como suspeitos de um roubo de carro ocorrido nas proximidades [3]. Segundo testemunhas, no momento da abordagem Thiago não obedeceu a ordem de um policial de deitar no chão e logo depois disso é atingido com um tiro à queima-roupa em seu rosto, por um policial que vestia roupas civis [4]. Câmeras de segurança mostram que, durante a abordagem, Fernando também é agredido por um policial, este fardado, que pisa em sua cabeça [5]. Pelo menos cinco policiais armados aparecem nas filmagens [6]. A situação da morte do jovem é cheia de contradições por parte dos policiais, que apresentam versões divergentes sobre a ocorrência [7]. A família do jovem alerta que outras imagens das câmeras de segurança dos estabelecimentos próximos ao local do crime foram recolhidas pelos policiais, e que o Instituto Médico Legal (IML) informou que não foi encontrado nenhum projétil na cabeça de Thiago [8]. Queli Duarte, mãe do jovem acredita que a abordagem do policial não seguiu os protocolos adequados e acredita que ‘a polícia teria abordado ele de outra forma se ele fosse loirinho, branquinho’ [9] A morte de Thiago pelas mãos da polícia ocorre no momento em que o índice de letalidade policial aumentou significativamente no Brasil [veja aqui] e no estado de SP [veja aqui][veja aqui], mesmo durante o isolamento social decorrente da pandemia. Há casos brutais em SP, de policiais militares que sufocaram entregador [veja aqui], de mulher que tem o pescoço pisado por policiais [veja aqui], assassinato de artista plástico por sargento da PM [veja aqui].
Leia análises sobre a polícia, o racismo e ouça podcast sobre a política de enquadro no estado de SP.
Ministro do Turismo exonera Ivone Santos [1], coordenadora da representação Sul/Sudeste da Funarte, sediada em São Paulo, sem justificativa formal e sem avisá-la [2]. A ex coordenadora afirma que, por não haver um motivo específico, sua exoneração é política, o que entende como algo natural dos cargos comissionados, porém critica a falta de continuidade na área cultural, com troca constante de cargos, o que impede que haja um trabalho robusto [3]. Além disso, ela diz que não há contato entre as coordenações regionais e a Secretaria de Cultura ou com o Ministério do Turismo, os funcionários não se conhecem entre si e não há um interesse por parte do governo federal em saber como o trabalho que está sendo realizado [4]. Os servidores da Secretaria temem que a exoneração da coordenadora signifique o encolhimento das atividades de representação regional ou mesmo seu fechamento [5]. Isso porque as entidades semelhantes da Ancine e do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) estão sendo fechadas pelo governo federal, o que tem sido interpretado como um movimento de concentração das atividades do setor na Secretaria de Cultura [6]. Essas agências e fundações cumprem papel importante ao promoverem a interlocução com contextos artísticos regionais [7]. Dois dias após a exoneração, a imprensa divulga que membros da Secretaria de Cultura fizeram dossiê classificando servidores de acordo com seus posicionamentos políticos e que devem ser exonerados e, dentre eles, está o nome de Ivone Santos, que é acusada de tentar transferir a Funarte para São Paulo [veja aqui]. No mês anterior, o presidente da Funarte, que também constava no dossiê, foi exonerado [veja aqui].
O governador de São Paulo (SP), João Doria (PSDB), anuncia a criação de uma fase de transição entre as fases vermelha e laranja do plano de flexibilização econômica, que permite a abertura de comércios, voltas às aulas presenciais e realização de cultos religiosos [1]. Ao mesmo tempo, o governo paulista estende a vacinação para professores, metroviários, motoristas e cobradores de ônibus [2]. A abertura será distribuída em 15 dias, na primeira semana haverá flexibilização do comércio e na segunda a integração do setor de serviços [3]. O secretário da Saúde de SP diz que o relaxamento se dá pela queda de 10% no número de internações [4], a despeito de que já houve denúncias sobre divergência e omissão dos dados relacionados a covid-19 no estado [veja aqui]. O coordenador do Centro de Contingência de covid-19 afirma que há uma estabilização e perspectiva de queda nos números de infecções e por isso avaliaram que já é possível flexibilizações [5]. As ações do governo de SP seguem caminho contrário ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), já que o órgão aconselha que só é possível haver afrouxamento de medidas de isolamento social se houver controle por no mínimo duas semanas e uma queda de ao menos 50% na transmissão do vírus [6]. A Rede de Políticas Públicas e Sociedade afirma que as medidas de isolamento social adotadas pelo governo paulista em 2020 foram mais rígidas do que as atuais e o estado ao aplicar um plano ‘zigue-zague’ não interrompe a cadeia de transmissão do vírus [7]. SP e a grande maioria dos demais estados brasileiros apresentam estabilidade nos números de novos casos, mas essa estagnação se dá em patamares muito altos e em meio a um sistema de saúde ainda sobrecarregado [8].Pesquisadora afirma que o elevado índice de casos e mortes somado a uma vacinação ainda baixa e à alta circulação de pessoas aumenta os riscos de uma nova variante mais contagiosa [9]. Há uma escalada de conflitos entre o governos estaduais e o governo federal na pandemia [10], o Ministério da Saúde rejeitou a possibilidade de uniformização de medidas de combate ao vírus nos estados [veja aqui]. O governo de SP segue a mesma linha do Distrito Federal que afrouxou medidas de isolamento em meio a falta de leitos e alta de casos [veja aqui].
Leia sobre como as medidas de afrouxamento do isolamento social são incapazes de barrar a transmissão da covid-19. Ouça sobre as consequências de uma abertura prematura do comércio e serviços.