Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro diz que interesse na Amazônia não se relaciona aos indígenas e à riqueza vegetal, em discurso a garimpeiros

Tema(s)
Ditadura e memória, Forças Armadas, Meio Ambiente, Povos indígenas
Medidas de estoque autoritário
Ataque a pluralismo e minorias

Em discurso no Palácio do Planalto o presidente Jair Bolsonaro declara a grupo de garimpeiros presentes que o interesse internacional sobre a Amazônia ‘não é no índio nem na porra da árvore, é no minério’, o presidente também acusa empresas internacionais de desmatarem a floresta, ataca a atuação política do cacique Raoni Metuktire, elogia a ditadura militar e inclui promessas de ampliação da mineração no Pará [1]. As manifestações ocorrem no mesmo dia que Bolsonaro recebe representantes da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), a qual desde setembro critica a fiscalização do Ibama sobre garimpo ilegal e pede ao presidente o acionamento das Forças Armadas (FAs) para realizar a ‘proteção’ da atividade de mineração em região de floresta no Pará [2]. No discurso, o presidente elogia a legislação ambiental do ‘tempo do Figueiredo’, o último presidente militar da ditadura, e confirma que ‘se tiver amparo legal’, acionará as FAs [3]. Vale notar que essa não é a primeira vez que o presidente defende o garimpo e ataca líderes indígenas [veja aqui], e que se manifesta favorável à exploração mineral na Amazônia [veja aqui]. Em setembro, o superintendente do Ibama foi demitido por se manifestar favoravelmente à fiscalização de equipamentos utilizados para o garimpo ilegal no Pará [veja aqui]. Em 2020, o presidente assina projeto de lei que autoriza a exploração mineral em terras indígenas [veja aqui].

Leia análise sobre o discurso de Bolsonaro na disputa pela mineração na Serra Pelada e entenda os riscos de liberação da atividade na região

01 out 2019
 
Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro afirma que resgatou a ‘honra’ de torturador da ditadura militar

Tema(s)
Ditadura e memória
Medidas de estoque autoritário
Legitimação da violência e do vigilantismo

Durante cerimônia de assinatura de parceria para o acolhimento de refugiados venezuelanos, o Presidente Jair Bolsonaro afirma [1] que em 2016 conseguiu ‘resgatar a honra de um grande coronel do Exército Brasileiro’, em referência ao coronel Brilhante Ustra, ex chefe do DOI-CODI em São Paulo, centro de repressão e tortura de opositores da ditadura militar [2]. O presidente também critica o socialismo e a Venezuela, afirmando que ‘nós nos livramos’ da ‘situação crítica de 2016’, e alerta que o ‘inimigo está aí do lado’ [3]. O presidente lamenta o falecimento de Ustra e agradece ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, pelo fato de que aqueles que o coronel combatia estarem ‘em Curitiba’, em referência a prisão do ex-presidente Lula [4]. Em 2016, ao votar pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Bolsonaro, então deputado federal, disse: ‘Pela memória do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff’ [5], pois a ex-presidente foi vítima do regime militar [6]. Em outras oportunidades, Bolsonaro chama o torturador de ‘herói nacional’ [veja aqui], recomenda livro escrito pelo coronel [veja aqui], deslegitima a história de jornalista torturada durante a ditadura [veja aqui] e se encontra com outro dos torturadores do regime [veja aqui]. O presidente ainda defende o golpe militar [veja aqui] que chama de ‘dia da liberdade’ [veja aqui]. Outros membros do governo como o vice-presidente [veja aqui] e ministros [veja aqui] também defendem a ditadura, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional chama Dilma de terrorista [veja aqui].

Leia as análises sobre quem foi o torturador Brilhante Ustra na visão de suas vítimas, como a exaltação do coronel naturaliza violências ocorridas durante a ditadura e quais os efeitos para a população quando Bolsonaro exalta o regime militar de 1964

02 out 2019
 
Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Legislativo
Nível
Federal

Eduardo Bolsonaro exalta torturador da ditadura militar

Tema(s)
Ditadura e memória
Medidas de estoque autoritário
Legitimação da violência e do vigilantismo

Ao receber o colar do ‘mérito legislativo’ na Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ataca os adversários da legenda, defende aliados e exalta o coronel Brilhante Ustra [1], ex-chefe do DOI-CODI em São Paulo, local de repressão de opositores da ditadura militar, e reconhecido como torturador pela Justiça [2]. Eduardo, ao ouvir da plateia a frase ‘Ustra livre’, afirma que ‘Ustra vive’, pois ‘Ustra não está preso, o Ustra nunca foi preso, não é? Ele prendia vagabundo, ao contrário’ [3]. E rememora a fala de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, que, enquanto deputado federal, dedicou seu voto pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, presa e torturada durante a ditadura militar [4], ao torturador Brilhante Ustra [5]. Eduardo afirma que a fala do pai é ‘emblemática’ e mostra que, com a ‘verdade’ é possível ‘combater qualquer coisa’ e alcançar os objetivos [6]. O deputado também critica a discussão sobre gênero nas escolas [7]. Dias depois, Eduardo afirma que ‘se esquerda radicalizar’ a solução pode ser um ‘novo AI-5’ [veja aqui] e, em outra oportunidade, propõe ‘revisão histórica’ de livros didáticos sobre ditadura militar [veja aqui]. O Presidente Jair Bolsonaro exalta Ustra por diversas vezes [veja aqui], como ‘herói nacional’ [veja aqui] e indicando o livro do torturador para estudantes [veja aqui]; também defende a ditadura na ONU [veja aqui] e no dia do golpe militar [veja aqui], assim como outros membros [veja aqui] do seu governo [veja aqui]. O governo Bolsonaro ainda está em constante embate com a chamada ‘ideologia de gênero’ [veja aqui], especialmente nas escolas [veja aqui].

Leia sobre os momentos em que a família Bolsonaro exalta a ditadura militar, quem era o torturador Brilhante Ustra segundo suas vítimas e como a exaltação ao coronel naturaliza as violências praticadas no regime militar

25 out 2019
 
Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Ministério Público
Nível
Federal

PGR pede arquivamento de ação para indenização de indígenas pela construção de hidrelétrica na época da ditadura militar

Tema(s)
Ditadura e memória, Povos indígenas
Medidas de estoque autoritário
Ataque a pluralismo e minorias

O Procurador Geral da República (PGR), Augusto Aras, requer desistência de ação cível [1] para a responsabilização do Estado brasileiro e da usina hidrelétrica binacional Itaipu por danos causados ao povo indígena Awa-Guarani, decorrentes da construção das obras na ditadura militar [2]. O pedido é acatado pelo STF. A ação foi proposta no mês anterior pela ex-PGR, Raquel Dodge, para indenizar os índios por remoção forçada [3] e estava fundamentada em relatório produzido por grupo de trabalho do Ministério Público Federal (MPF), o qual concluiu que à época da construção da usina hidrelétrica, órgãos governamentais realizaram fraude nos registros de identificação étnica das populações indígenas da região, além de identificar ameaças violentas, discriminações e precarização das condições de vida dos povos indígenas [4]. Já o fundamento do pedido de desistência de Aras se baseou no argumento de ‘risco de inefetividade’ dos pedidos ‘consideradas as dificuldades para a fiel identificação dos sujeitos beneficiários’ [5]. Ressalte-se que o número de sobreviventes diretamente afetados à época da construção da usina se limita a 12 pessoas, conforme alegado pela Comissão Yvyrupa, representante dos Awa-Guarani [6]. Moraes acata o pedido de Aras porque, o Código de Processo Civil possibilita a desistência de ação quando as partes não tiverem sido citadas, o que se confirma no caso concreto [7]. Em reação, os Awa-Guarani solicitam que sejam incluídos como parte interessada do processo, e recorrem, sem sucesso, da decisão [8] [9], pois o STF considera que os ‘índios’ são apenas ‘em tese prejudicados’ o que impede seu reconhecimento como parte representativa [10]. Em nota, integrantes do MPF e da Comissão Arns lamentam a postura de Aras e a decisão de Moraes [11]. Vale notar que o pedido de Aras ocorre em seu primeiro mês no cargo e soma-se a outras atuações afinadas com interesses do presidente [veja aqui].

Leia análises sobre os motivos que fundamentaram o pedido de indenização para os Awa-Guarani, entenda os resquícios da ditadura militar sobre o imaginário dos povos indígenas hoje e leia entrevista sobre as graves violações de direitos humanos perpetradas contra os povos indígenas no período militar.

29 out 2019
 
Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Legislativo
Nível
Federal

Eduardo Bolsonaro afirma que ‘se esquerda radicalizar’ solução pode ser um ‘novo AI-5’

Tema(s)
Ditadura e memória
Medidas de estoque autoritário
Legitimação da violência e do vigilantismo

O deputado federal Eduardo Bolsonaro diz em entrevista que se a esquerda brasileira se ‘radicalizar’, como teria ocorrido no Chile, uma resposta pode ser por meio de um novo AI-5 [1], fazendo referência a um dos atos institucionais do período ditatorial, que iniciou o período mais repressivo do regime. Após a declaração, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, admite desconhecimento da fala do filho do presidente. Segundo o ministro, teria que ser estudado como implementar novo AI-5, pois na democracia as medidas são aprovadas de jeito diferente [2]. Após o ocorrido, foram diversas as manifestações de repúdio [3]. Desde políticos [4] até entidades da sociedade civil [5] [6] [7] e mídia internacional [8] manifestam seu descontentamento. Deputados da oposição e da minoria da Câmara protocolam queixa-crime contra o deputado no Supremo Tribunal Federal (STF) [9] e também apresentam representações ao Conselho de Ética da Câmara. Com a grande repercussão negativa, Eduardo pede desculpas pela declaração, afirmando ‘talvez’ ter sido infeliz a menção ao Ato como resposta a possível radicalização [10]. No mês seguinte, a pauta volta a ser levantada, dessa vez pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes [veja aqui], no mesmo dia em que a Câmara dos deputados instaura dois processos disciplinares contra Eduardo Bolsonaro, a partir de três representações feitas por partidos da oposição e seu próprio partido (PSL) [11]. No ano seguinte, novas alusões e endossos ao período ditatorial são feitos pelo governo, como homenagens ao dia do golpe como marco importante à democracia [veja aqui] e até a participação do presidente em atos populares que reivindicavam novo AI-5 [veja aqui]. Em 05/04 de 2021, em uma audiência de defesa no Conselho de Ética da Câmara sobre as referências ao AI-5, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirma que não há interesse nem dele e nem de seu pai em transformar o regima em uma ditadura, porque o poder já está nas mãos de sua família [12]. No dia 08/04, o Conselho de Ética da Câmara arquiva o processo que investigava a conduta de Eduardo Bolsonaro [13].

Leia as análises sobre o que foi o AI-5, o contexto político em que ele foi estabelecido no país e as iniciativas parlamentares contra Eduardo Bolsonaro.

31 out 2019
 
Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Usando expressão da ditadura militar, Bolsonaro pede providências contra servidor que o criticava nas redes sociais

Tema(s)
Administração, Ditadura e memória, Meio Ambiente
Medidas de estoque autoritário
Violação da autonomia institucional

O presidente Jair Bolsonaro sugere em videoconferência semanal que servidores do governo federal que atrapalhem ‘o progresso’ vão para a ‘ponta da praia’ [1]. A declaração é feita em comento à dificuldade de um aliado seu, o empresário Luciano Hang, em conseguir licença ambiental para construir nova loja de sua rede no Rio Grande do Sul (RS) [2]. Após o ocorrido, associação que reúne servidores federais do Ministério do Meio Ambiente (Ascema Nacional) condena o presidente e indica que tomará providências contra ameaças a funcionários [3], anunciando que o denunciará ao Conselho de Direitos Humanos da ONU e ao Congresso Nacional [4]. ‘Ponta da praia’ é expressão usada na época da ditadura militar brasileira para a indicação de lugar de execução de opositores e já foi invocada pelo presidente em outras ocasiões, ainda antes de assumir o cargo [5]. Outras exonerações possivelmente arbitrárias também já aconteceram no governo [veja aqui], bem como o enfraquecimento da fiscalização ambiental [veja aqui]. Alguns dias antes, apuração da imprensa também revelou que o presidente teria ordenado que secretário especial da Receita Federal tomasse as devidas providências contra servidor que o criticou nas redes sociais [6]. No ano seguinte, mais casos de enfrentamento do governo a servidores críticos são registrados [veja aqui] e também de intolerância a divergências [veja aqui].

01 nov 2019
 
Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Ministro do Gabinete de Segurança Institucional defende o golpe de 1964 e chama Dilma Rousseff de terrorista

Tema(s)
Ditadura e memória, Negacionismo
Medidas de estoque autoritário
Legitimação da violência e do vigilantismo

Em audiência pública na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, o Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) [1], Augusto Heleno, defende a ditadura militar, afirmando que não houve um golpe, mas uma ‘contrarrevolução’ senão o ‘Brasil seria uma grande Cuba’ [2]. O Ministro também entra em embate com a deputada do PSOL, Sâmia Bomfim, em relação à fala do deputado Eduardo Bolsonaro [3] sobre ‘novo AI-5’ como solução ‘se esquerda radicalizar’ [veja aqui]. Na semana anterior, Heleno afirmou que o deputado precisaria ‘estudar como vai fazer, como vai conduzir’, porém, durante a audiência, diz que não se colocou a favor do AI-5 e que há instrumentos previstos na Constituição para assegurar a ordem social [4]. Sâmia insiste que o Ministro se posicione sobre a fala do deputado e Heleno responde que não irá repudiar o ato e questiona: ‘a senhora vai me torturar pra eu falar?’ [5]. Ainda, o Ministro afirma que a anistia ‘levou uma terrorista a presidente da República’, em referência à Dilma Rousseff, presa e torturada na ditadura militar [6], e complementa ‘vários cargos importantíssimos da República foram preenchidos por terroristas’ [7]. O discurso de Heleno se alinha com o do Presidente Jair Bolsonaro ao justificar e defender o golpe militar de 1964 pela ‘ameaça comunista’ [veja aqui]. Em outras oportunidades, o Presidente nega que houve ditadura no Brasil [veja aqui] e se refere ao dia do golpe como ‘dia da liberdade’ [veja aqui], o Ministro da Economia afirma que ninguém deveria se assustar com a ideia de ‘novo AI-5’ [veja aqui], o Vice-presidente homenageia a ditadura na redes sociais [veja aqui], o Ministro da Defesa afirma que o golpe é um ‘marco para a Democracia’ [veja aqui] e o advogdo-geral da União defende a existência de ‘interpretações divergentes’ sobre ditadura militar [veja aqui].

Leia as análises sobre o que foi o Golpe de 1964 e como o governo Bolsonaro prega ‘negacionismo histórico’ sobre o regime e ouça sobre o negacionismo do gestão Bolsonaro sobre o golpe de 64

06 nov 2019
 
Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro diz que primeiro Enem desde 2009 sem ditadura militar não teve ‘desinformação’

Tema(s)
Ditadura e memória, Educação
Medidas de estoque autoritário
Legitimação da violência e do vigilantismo

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não tem questões sobre a ditadura militar e o presidente, Jair Bolsonaro, responde críticas à prova afirmando que ‘não houve desinformação’ [1]. Ainda, Bolsonaro elogia a prova afirmando que o tema da redação não teria sido ‘polêmico’ como o dos anos anteriores [2] e o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirma que a prova não deve ‘dividir, nem polemizar, nem doutrinar’ [3]. No mês de março foi criada comissão para fazer análise ‘ideológica’ das questões [4], o que de acordo com especialistas, poderia ser o motivo de esta ser a primeira prova desde 2009 em que o tema da ditadura não foi abordado [5]. No ano anterior, o presidente, então recém-eleito, afirmou que quando fosse presidente tomaria conhecimento do conteúdo do exame antes de sua realização em razão de questão envolvendo dialeto LGBT [6], o que foi endossado pelo então futuro ministro da Educação, que afirmou que evitaria que a prova tivesse viés ‘ideológico’ [7]. Vale lembrar que, desde que assumiu a presidência, Bolsonaro invoca a ditadura militar contra opositores [veja aqui], já se encontrou com torturadores do período [veja aqui] e suas posições quanto à memória do período são também emuladas por seus ministros [veja aqui] [veja aqui].

07 nov 2019
 
Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro ameaça aplicar Lei de Segurança Nacional contra discurso de Lula

Tema(s)
Ditadura e memória, Posicionamento político
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista ao site ‘O Antagonista’, afirma que os discursos do ex-presidente Lula após deixar a prisão podem vir a ser enquadrados na Lei de Segurança Nacional (LSN) [1]. Nas palavras de Bolsonaro, ‘Temos uma Lei de Segurança Nacional que está aí para ser usada’ [2]. Editada na época da Ditadura Militar, a LSN prescreve crimes considerados contra a ordem política e social [3]. As declarações do presidente fazem referência a dois discursos de Lula no começo de novembro [4], focados na convocação da militância e em repúdio à Lava Jato, à Rede Globo, ao Ministro Sérgio Moro, à política econômica de Guedes e ao governo Bolsonaro e sua gestão ‘de milicianos’ [5]. Após a entrevista, Bolsonaro é criticado por especialistas, que afirmam não haver fundamentos jurídicos para o enquadramento [6]. Cerca de uma semana depois, Lula faz novo discurso ao Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) [7], ato que motiva o requerimento do Ministro da Justiça, Sérgio Moro, para abertura de inquérito criminal para investigar o ex-presidente [veja aqui].

Leia as análises sobre a Lei de Segurança Nacional, sua aplicação hoje e como ela tem sido mobilizado pelo atual governo

11 nov 2019
 
Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Legislativo
Nível
Estadual

Deputado estadual propõe homenagem ao ditador chileno Augusto Pinochet

Tema(s)
Ditadura e memória
Medidas de estoque autoritário
Legitimação da violência e do vigilantismo

Frederico D’Avila (PSL), deputado estadual em São Paulo, propõe ato solene em homenagem ao ditador chileno Augusto Pinochet na Assembleia Legislativa do estado (ALESP) [1]. O embaixador do Chile no Brasil e entidades da sociedade civil criticam duramente a proposta [2]. O Instituto Vladimir Herzog e outras 27 organizações apresentam pedido de cancelamento do evento [3] e parlamentar da oposição protocola denúncia pedindo a cassação do mandato de D’Avila ao Conselho de Ética da Alesp por apologia à tortura [4]. O presidente da Assembleia assina, em seguida, ato impedindo a realização da homenagem [5]. Em setembro, o presidente da República Jair Bolsonaro, então do mesmo partido que D’Avila, já havia defendido o golpe militar chileno [veja aqui].

Leia as análises sobre gênero e a ditadura de Pinochet e história da ditadura chilena.

20 nov 2019
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