O presidente Jair Bolsonaro desfila [1] com tanques e veículos blindados da Marinha [2] no mesmo dia em que a Câmara dos Deputados vota a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) sobre o voto impresso [3], que é defendida por ele [4] [veja aqui] [veja aqui]. A. Rede Sustentabilidade, partido de oposição tentou barrar o desfile na Justiça [5], mas o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli rejeitou o pedido [6]. Parlamentares criticam o ocorrido [7], afirmando que se trata de ‘uma tentativa de constrangimento ao Congresso Nacional e ao povo’ [8] e relatam ofensas e intimidações por telefone pressionando para um voto favorável à PEC [9]. A imprensa internacional também critica o episódio [10]. Segundo a Marinha, o desfile não tem relação com a votação [11]. Bolsonaro acusa Luis Roberto Barroso, ministro do STF, de ‘apavorar’ parlamentares contra o voto impresso [12]; em outra ocasião, questionou a imparcialidade do ministro [veja aqui]. No mesmo dia, a PEC é rejeitada pela Câmara [13]. Ela já havia sido rejeitada em uma comissão especial [14], mas o presidente da casa levou a votação para plenário mesmo assim [veja aqui]. Militares revelam constrangimento pelo desfile [15]. Bolsonaro defende a possibilidade de fraude por voto eletrônico [veja aqui] [veja aqui] [veja aqui] – atacando o sistema eleitoral em TV pública [veja aqui] – apesar de nunca ter apresentado provas [veja aqui] [veja aqui], e critica a atuação do Tribunal Superior Eleitoral [veja aqui] [veja aqui] [veja aqui]. Segundo o presidente, o sistema brasileiro não é confiável [veja aqui]; ele e afirmou reiteradas vezes que se não houver modificações no sistema eleitoral não haverá eleições [veja aqui] [veja aqui] [veja aqui] [veja aqui] ou que Lula só ganharia na fraude [veja aqui]. O TSE abriu inquérito administrativo contra Bolsonaro e enviou notícia-crime ao STF pedindo investigações pelos ataques insistentes ao sistema eleitoral [veja aqui].
Leia mais sobre como o desfile lembra o último ato público de intimidação da Ditadura Civil Militar.
O presidente Jair Bolsonaro diz que as Forças Armadas são um poder moderador e devem dar ‘apoio total’ às decisões do presidente [1]. A fala ocorre durante cerimônia de promoção de oficiais-generais, onde estavam presentes o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, os comandantes do Exército, Paulo Sérgio, da Marinha, Almir Garnier, e da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista [2]. No discurso, o presidente Bolsonaro diz ainda que as Forças Armadas têm o compromisso de ‘dar a vida pela pátria se preciso for, quer sejam ameaças externas ou internas’ [3]. As falas acontecem após uma série de falas do presidente sobre as eleições de 2022 não ocorrerem caso não seja instituído o voto impresso no país [veja aqui]. Em reação, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, diz que a missão institucional das Forças Armadas é a defesa da Pátria, a garantia dos poderes constitucionais e a garantia da lei e da ordem e não acomoda o exercício de poder moderador entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário [4]. Falas sobre o suposto poder moderador das Forças Armadas já aconteram antes: a deputada federal Bia Kicis (PSL), defendeu que cabe ao exercito intervir caso haja conflito entre poderes [veja aqui]; o próprio Bolsonaro ja afirmou que os militares são os verdadeiros guardiões da democracia [veja aqui].
Leia análise sobre o papel das Forças Armadas segundo a Constituição Federal e relatório com artigos sobre o mesmo tema.
O Exército reduz seu montante destinado a combater irregularidades [1], como desvio de munições e armas, como aponta reportagem desta data. Em comparação com 2019, o orçamento de 2020 é 8% menor [2]. O efetivo alocado na fiscalização também sofreu redução em 2020: foram 2.121 militares atuando em operações de fiscalização, número 54% menor que em 2019 [3]. Em contrapartida à fiscalização que teve redução de recursos e efetivo, aumentou o número de pessoas com acesso a armas [4] [veja aqui], assim como o número de lojas de armas, clubes e entidades de tiros [5]. Em 2020 o Brasil tinha 286,9 mil cidadãos com o certificado emitido pelo Exército para autorizar a coleção, a prática de esportes e a caça [6], o que representa um acréscimo de 43% em relação aos registrados em 2019; ano passado 2.053 lojas de armas de fogo estavam ativas, número que mostra um aumento de 24% em relação a 2019 [7]. Já as entidades voltadas para o treino de tiro desportivo apresentaram um aumento de 791% de 2019 para 2020 [8]. Desde que assumiu, o presidente Jair Bolsonaro assinou 32 atos, entre decretos, portarias e projetos de lei contrários ao Estatuto do Desarmamento – foram 23 só até agosto de 2020 [veja aqui]. Sob seu governo, as regras ficaram mais frouxas, impostos foram reduzidos [veja aqui] e o poder de fogo permitido aos cidadãos [veja aqui], em especial aos CACs, expandiu. Em março de 2020, inclusive, o Comando do Exército revogou portarias que sobre rastreamento, identificação e marcação de armas, munições e produtos controlados [veja aqui].
Leia mais sobre as alterações de políticas de armas, e sobre quais os decretos que estão em vigor.
Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e General da reserva, Augusto Heleno, cogita interferência das Forças Armadas no sistema democrático brasileiro [1]. Durante entrevista à uma rádio, enquanto falava sobre tensões entre os poderes Judiciário e Executivo, o ministro é questionado por jornalista se a intervenção militar é uma possibilidade no cenário atual e ele responde que ‘o artigo 142 é bem claro, basta ler com imparcialidade.Se existe no texto constitucional, é sinal de que pode ser usado’ [2]. Apesar da fala do ministro, não há brecha nesse artigo que autorize qualquer intervenção das três Forças Militares [3]. Um parecer da Câmara dos Deputados, apresentado pela Secretaria-Geral da Mesa, no ano passado, esclarece que o artigo 142 da Constituição não autoriza intervenção militar no país [4]. O documento produzido pela Câmara conclui que é uma ‘fraude ao texto constitucional’ interpretar que as Forças Armadas teriam o poder de se sobrepor a ‘decisões de representantes eleitos pelo povo ou de quaisquer autoridades constitucionais a pretexto de ‘restaurar a ordem’ ” [5]. Parlamentares reagem à fala do ministro Augusto Heleno e cogitam convocá-lo para explicar suas declarações [6]. As críticas ao ministro são feitas por políticos de partidos distintos [7]. Heleno já defendeu o golpe militar de 1964 e chamou a ex-presidenta Dilma Roussef de terrorista [veja aqui] e, em maio de 2020, lançou nota pública em resposta a movimentações do STF que falava em ‘consequências imprevísiveis’ à ‘establidade nacional’ [veja aqui]. Em 12/06/2020 o ministro do supremo Tribunal Federal Luiz Fux já havia decidido sobre a impossibilidade do uso do artigo 142 para a mediação de conflitos entre os poderes, uma vez que Forças Armadas não podem exercer papel de poder moderador em eventual conflito entre o Executivo, Legislativo e Judiciário [8]. Na ocasião, a decisão foi tomada após ação movida pelo Partido Democratico Trabalhista (PDT) que pedia ao STF o esclarecimento das atribuições dos militares de acordo com a constituição [9].
Leia sobre ameaças de intervenção militar durante a atual gestão governo federal.
O presidente Jair Bolsonaro pede ao comandante do exército que sua filha de 10 anos ingresse em colégio militar sem passar por processo seletivo obrigatório, segundo apuração da imprensa desta data, confirmada pelo (Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx) [1]. Após a abertura de 15 vagas para estudantes do sexto ano, em Colégio Militar de Brasília, o presidente pede a Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, comandante do Exército, que sua filha seja matriculada sem passar por processo de seleção [2]. De acordo com o artigo 52 do Regulamento dos Colégios Militares, podem se matricular sem necessidade de processo seletivo somente os ‘órfãos de militares ou dependentes de militares que estejam transferidos, em missão no exterior, em guarnições especiais, transferido para a reserva remunerada e dependentes de militares da reserva se o responsável for reformado por invalidez’ [3]. Essas hipóteses não cobrem o caso da filha do presidente [4]. Entretanto, outro artigo do mesmo regulamento prevê que ‘os casos considerados especiais poderão ser julgados pelo Comandante do Exército’, porém não especifica quais casos seriam esses [5]. As vagas nos colégios militares são muito disputadas; há alguns anos, unidade em Brasília – em que Bolsonaro tenta matricular sua filha – contou com 1.212 candidatos para 25 vagas ofertadas para o sexto ano, 48 candidatos por vaga [6]. Segundo o Exército, o comandante ainda não proferiu uma decisão a respeito do pedido, pois aguarda uma manifestação do Departamento de Educação e Cultura da Força, conforme previsto em regulamento que trata do funcionamento dos colégios militares [7].
Um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) empunhando a bandeira do Brasil sobrevoa colégio privado no Mato Grosso (MT), um dia após professora da instituição ser afastada por criticar Bolsonaro durante aula; durante o vôo, que durou alguns minutos, os militares acenam em direção ao pático da escola [1]. A professora foi suspensa por três dias após reprovar as ações de Bolsonaro frente às políticas ambientais, afirmando que ‘ele é a favor do desmatamento’ [2]. No áudio gravado, a docente também critica a defesa do voto impresso pelo presidente [3]. Em reação ao sobrevoo da aeronave sobre a escola, o juiz da 11ª Vara Especializada de Justiça Militar solicita que o Ministério Público investigue possíveis infrações e atos de improbidade pelos militares [4]. Em declaração, a escola afirma que a apresentação militar é parte das comemorações pela ‘Semana da Pátria’, que ocorre todos os anos [5]. Sobre o afastamento da professora, o colégio justifica que a instituição não apoia a conduta do docente e que a ‘opinião expressada não reflete a posição da instituição’ [6]. A Secretaria da Segurança Pública de MT emite nota justificando o sobrevoo da aeronave como uma forma de ‘demonstrar patriotismo’ ‘sem nenhuma conotação política’, além de afirmar ser decorrente de um pedido do colégio [7]. A União Brasileira dos Estudantes Secundarista (UNE) afirma que o afastamento da professora é ‘absurdo’ e ‘ataca a liberdade de ensino e de aprender’ [8]. Em junho de 2020, um colégio militar em Brasília também afastou um professor após ele críticar a violência policial em manifestações [veja aqui]. Vale ressaltar que já houveram outros casos em que críticos de Bolsonaro foram reprimidos; em 18/03, cincos ativistas foram presos após se referir a Bolsonaro como genocida [veja aqui]. No dia 01/05, Felipe Cezário foi preso preventivamente após jogar ovos em manifestantes pró-Bolsonaro [veja aqui].
Leia sobre o comprometimento dos militares em proteger e exaltar Bolsonaro.
O Presidente Jair Bolsonaro intensifica a participação em eventos militares antes da manifestação convocada por ele para 07/09 , segundo reportagem desta data [1] [veja aqui]. Em agosto, Bolsonaro participou de nove cerimônias militares, o maior número em um mesmo mês até agora, e em setembro, até a data da apuração, em mais dois eventos [2]. Em todas as oportunidades, o presidente insinuaou possível golpe de Estado [3], tal como fez em em 01/09 quando pediu para a população se preparar para a guerra durante evento no Rio de Janeiro [veja aqui]. Durante suas participações nas celebrações militares, Bolsonaro também atacou governadores e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso [4]. A tensão entre Bolsonaro e o STF vem aumentando após série de acusações do presidente em relação a fraudes nas urnas eletrônicas, porém sem apresentar provas [veja aqui]. Um levantamento aponta que as participações do presidente em solenidades aumentaram após a troca de comando nas fForças aArmadas em março deste ano, quando, o general Fernando Azevedo deixou o cargo de Ministro da Defesa e mais 3 comandantes das Forças Armadas – Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica) – também saíram de seus respectivos cargos [5]. Segundo os especialistas, as incitações a ruptura institucional feitas pelo presidente Jair Bolsonaro e as ameaças aos ministros do STF e ao Tribunal Superior Eleitoral afrontam diretamente a Constituição brasileira e constituem crime de responsabilidade, punível com impeachment [6]. Nesta data Bolsonaro anuncia que vai apresentar pedido de impeachment contra Barroso . Em 03/08, Bolsonaro fala em ‘luta direta’, desqualifica e faz série de ataques a Luis Roberto Barroso, presidente do TSE [veja aqui].
Leia sobre a inconstitucionalidade da intervenção militar na resolução de conflitos políticos.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, durante transmissão ao vivo, afirma que a quarentena eleitoral para juízes e militares é absurda e que se o Senado Federal aprovar tal medida, irá vetá-la [1]. A declaração do presidente ocorre um dia depois da Câmara dos Deputados colocar no projeto de reforma eleitoral a emenda que prevê que juízes, membros do Ministério Público, policiais, guardas municipais e militares tenham que cumprir uma quarentena de quatro anos longe do cargo, antes de concorrerem a algum cargo eletivo [2]. No dia 16/09, a quarentena eleitoral é aprovada pela Câmara dos Deputados junto com a proibição de divulgação de pesquisas de intenção de voto até a antevéspera do pleito, a flexibilização do uso do fundo eleitoral, a permissão de candidaturas coletivas e o fim das coligações proporcionais [3]. Caso o Senado e Bolsonaro aprovem a mudança no Código Eleitoral até outubro, elas valerão para 2022 somente a quarentena eleitoral que só terá validade em 2026 [4].Caso a quarentena eleitoral tivesse entrado em vigor em 2018, ao menos 70 deputados federais e estaduais que foram eleitos neste ano seriam barrados [5]. Especialistas afirmam que a quarentena eleitoral tem a capacidade de impedir que agentes públicos utilizem dos seus cargos e ações para se promoverem politicamente porque isso ‘permite processos de radicalização e de politização nas forças, inclusive militares’ [6]. Eles também declaram que o impedimento eleitoral principalmente de militares é uma maneira de barrar o culto da população ao militarismo, que é a negação do uso da política [7]. Vale ressaltar que a proposta de implementação do voto impresso no sistema eleitoral brasileiro também era parte dessa modificação do Código Eleitoral, entretanto foi rejeitada pela Câmara dos Deputados [veja aqui].
Entenda as movimentações políticas em torno da quarentena eleitoral.
Gasto militar na Amazônia cresce 178% em 2019 e 2020 [1], apesar da queda no orçamento para combate ao desmatamento do Ministério do Meio Ambiente (MMA) [2], segundo relatório realizado por deputados federais [3]. O aumento se destina à atuação das Forças Armadas na região da floresta, através das operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) [4]. Contudo, desde que tal atuação começou, em 2019, a área desmatada se manteve acima dos 10 mil km2, o que não acontecia desde 2008 [5]. Em junho, a atuação dos militares na Amazônia foi prorrogada até agosto [veja aqui] a despeito do fracasso da anterior, a Operação Verde Brasil 2 [veja aqui]. O Plano de Metas do Conselho Nacional da Amazônia Legal previu, em setembro de 2020, a atuação das Forças Armadas na região até 2022 [veja aqui]. O processo de militarização da pasta ambiental foi citado em dossiê da Associação Nacional dos Servidores do Meio Ambiente (Ascema) sobre violações das políticas de proteção ambiental pelo governo Bolsonaro [veja aqui]. Nos últimos anos, o orçamento para fiscalização ambiental no Ibama e ICMBio, autarquias responsáveis pelo combate ao desmatamento, reduziu em mais de 100 milhões [veja aqui] [veja aqui], e, o governo estuda fusão entre os órgãos [veja aqui]. O Ibama sofre com o enfraquecimento da fiscalização ambiental [veja aqui], em decorrência de mudança nas regras de aplicação de multas [veja aqui], menor contingente de ficais desde 1989 [veja aqui]. O orçamento do MMA de 2021 é o menor do século XXI [veja aqui] e a pasta já anunciou a suspensão de todas as operações de combate ao desmatamento e queimadas sob justificativa de corte orçamentário, mas horas depois voltou atrás [veja aqui]. As operações anteriores tiveram poucos resultados, como demonstra o relatório [6], e foram cercadas de controvérsias, como a falta de atuações na primeira operação [veja aqui], afirmações equivocadas do vice-presidente, Hamilton Mourão, sobre a queda no número de desmatamentos [veja aqui] [veja aqui], distorção de dados [veja aqui] e falta de fiscalização contra o garimpo ilegal [veja aqui] [veja aqui].
Leia na íntegra o relatório sobre os gastos orçamentários na região da Amazônia.
Desde 2019, o governo já gastou R$ 550 milhões em missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para conter o desmatamento e as queimadas na Amazônia [1]; foram três – uma em dezembro de 2019 [veja aqui]; outra de maio de 2020 [veja aqui] e uma última entre junho e agosto de 2021 [veja aqui]. No entanto, o desmatamento na região continua batendo recordes: o acumulado entre agosto de 2020 e julho de 2021 foi o segundo maior da gestão Bolsonaro e o terceiro maior da década, segundo os mais recentes dados do sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) [2]. A atuação de militares para o combate ao desmatamento é cercada de controvérsias, como a falta de atuações na operação em 2020 [veja aqui], afirmações equivocadas do vice-presidente, Hamilton Mourão [veja aqui] [veja aqui], distorção de dados [veja aqui] e falta de fiscalização contra o garimpo ilegal [veja aqui] [veja aqui]. O Plano de Metas do Conselho Nacional da Amazônia Legal previu, em setembro de 2020, a atuação das Forças Armadas na região até 2022 [veja aqui]. Em junho deste ano, a atuação dos militares na Amazônia foi prorrogada até agosto [veja aqui] a despeito do fracasso da anterior, a Operação Verde Brasil 2 [veja aqui]. De acordo com apuração, o montante gasto pelos militares nesse período equivale a seis vezes o total do orçamento de 2020 do Ibama para gastos com fiscalização ambiental, licenciamento e gestão da biodiversidade [3]. Nos últimos anos, o orçamento para fiscalização ambiental no Ibama e ICMBio reduziu em mais de 100 milhões [veja aqui] [veja aqui], e, o governo estuda fusão entre os órgãos [veja aqui]. O Ibama sofre com o enfraquecimento da fiscalização ambiental [veja aqui], em decorrência de mudança nas regras de aplicação de multas [veja aqui], e menor contingente de fiscais desde 1989 [veja aqui]. O orçamento do MMA de 2021 é o menor do século XXI [veja aqui] e a pasta já anunciou a suspensão de todas as operações de combate ao desmatamento e queimadas sob justificativa de corte orçamentário, mas horas depois voltou atrás [veja aqui].
Leia relatório sobre os gastos orçamentários na região da Amazônia e a série de reportagens sobre o legado das operações militares de garantia da lei e da ordem (GLO) encabeçadas pelas Forças Armadas na região.