Nas redes sociais, o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, faz uma postagem dizendo que o Dia da Consciência Negra ‘é uma data vergonhosa’, que o órgão não daria suporte financeiro aos eventos e termina a mensagem escrevendo ‘Forte abraço, negrada vitimista’ [1]. Camargo também declara que abrirá apuração sobre gastos ‘absurdos e muito suspeitos’ da Palmares feitos durante as gestões do Partido dos Trabalhadores (PT) [2]. Momentos antes, ele defendeu uma data de celebração da ‘Consciência Brasileira’ e disse ser indefensável um feriado para ‘celebrar a raiva, o ressentimento e o revanchismo de pretos vitimistas e militantes’ [3]. Em 2019 [veja aqui] [4] e 2020 [5], a postura de Camargo em relação ao Dia da Consciência Negra foi semelhante. Antes mesmo de assumir a presidência da instituição, ele declarou que não há ‘racismo real’ no Brasil [veja aqui], fala que foi reiterada em 2019 após a morte violenta de uma pessoa negra por um segurança de supermercado [veja aqui], e disse que o movimento negro é ‘escória maldita’ [veja aqui]. Ainda, na data comemorativa da Lei Áurea, Camargo ironizou Zumbi [veja aqui]. Recentemente, o Ministério Público do Trabalho pediu o afastamento do presidente da Palmares por denúncias de assédio moral, perseguição ideológica e discriminação de funcionários da entidade [veja aqui].
Leia as análises sobre a relação entre o Dia da Consciência Negra e a Democracia e sobre o mito de que não existe racismo no Brasil.
O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, declara nas redes sociais que o filme ‘Marighella’, dirigido por Wagner Moura e que conta a história do guerrilheiro comunista durante a ditadura militar de 1964, é uma produção racista, e afirma que Moura ‘chama cada preto honrado do Brasil de marginal ao escalar um ator preto (Seu Jorge) no papel do psicopata comunista. Marighella era BRANCO!’ [1]. Por fim, complementa: ‘Do esgoto veio o filme, repudiado pelo público brasileiro. Chora, esquerdopata hipócrita!’ [2]. Poucos dias depois, o diretor do longa participa do programa de entrevistas ‘Roda Viva’ e é questionado sobre as declarações de Camargo, ao que responde: ‘Eu não tenho nenhum respeito por nenhuma declaração que venha de qualquer pessoa que faça parte desse governo. Nem esse cara [Camargo] nem aquele outro da Secretaria da Cultura [Frias]. Eu não vou comentar’ [3]. Durante o programa, Moura se refere criticamente a outros aspectos do governo como as mortes durante a pandemia de covid-19 e os incêndios na Amazônia [4]. Em reação, o secretário especial da Cultura, Mário Frias, afirma que sente ‘desprezo por esse sujeito patético que bate palma para bandido’ e chama Marighella de ‘terrorista’ e ‘vagabundo covarde’ [5]. Camargo diz que o filme deve ser boicotado, que não existem ‘argumentos honestos’ para defender o longa e chama o diretor de ‘hipócrita da Califórnia’ [6]. O secretário nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciúncula, e a deputada federal Carla Zambelli apoiam Frias [7]. Vale lembrar que o filme ‘Marighella’ teve sua estreia cancelada no Brasil em decorrência de dois pedidos feitos pela produtora que foram negados pela Ancine [veja aqui]. Além disso, o Itamaraty pediu para retirar filme sobre Chico Buarque de festival internacional [veja aqui], a Secom criticou a cineasta Petra Costa por filme sobre a democracia [veja aqui] e Sérgio Camargo pediu o boicote de filme dirigido por Lázaro Ramos [veja aqui].
Leia a análise do ator Seu Jorge, que interpretou Carlos Marighella, sobre os ataques ao filme e as falas de Wagner Moura sobre ameaças sofridas em decorrência do longa.
O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, compartilha nas redes sociais fotos dos artistas Zezé Motta e Djavan vestindo camisetas do movimento ‘Imagine a dor, adivinhe a cor’ (campanha de diversas instituições de direitos humanos que discutem pautas antirracistas) e declara que ‘Não existe nenhuma dor (angústia) exclusiva e específica dos negros por causa da cor da pele. Quem acredita nisso é racista ou um completo imbecil. As emoções dos negros são comuns a todos os seres humanos. O monopólio racial do sofrimento é uma invenção de artistas desocupados!’ [1]. Camargo também chama os artistas de ‘pretos vergonhosos’ [2]. No dia seguinte, Zezé Motta lamenta e rebate os comentários, a atriz afirma que ‘somos nós que lutamos todos os dias para que a ‘nossa’ Fundação Palmares, continue com a filosofia, ideologia e a linha de ação política implantada, que tanto lutamos para que fossem instauradas’ e defende que existe uma ‘dor ancestral, uma luta’ que ‘não vai acabar tão cedo, devido à ‘contribuição nefasta’ de certos tipos’ que promovem o ‘retrocesso’ e favorecem os ‘jogos de interesses’ [3]. Em seguida, Camargo continua fazendo publicações, dessa vez com a foto de Caetano Veloso usando a mesma camiseta, com os dizeres de que não é ‘escravo mental do Caetano’ e o chama de ‘falso grande artista’ e ‘babaca’ [4]. Após a repercussão negativa, o presidente da Palmares exclui as postagens [5]. Em outros momentos, Camargo criticou o diretor Wagner Moura por filme sobre Carlos Marighella [veja aqui] e o diretor Lázaro Ramos pelo filme ‘Medida Provisória’, que conta a história de uma distopia racial [veja aqui].
Leia as análises sobre o discurso negacionista promovido por Sérgio Camargo e o declínio da Fundação Palmares.
Diretor disciplinar, o tenente Araújo, solicita à vice-diretora do Centro Educacional (CED) 1 na Estrutural (DF), escola cívico-militar, que retire cartazes feitos por alunos do 8º e 9º ano para a comemoração do Dia da Consciência Negra e que contêm charges, desenhos e textos homenageando personalidades, falando sobre racismo e discriminação e criticando a violência policial contra a população negra [1]. A vice-diretora, Luciana Pain, nega o pedido, pois a escola não iria ‘censurar o trabalho de alunos’, e defende que o regimento das escolas cívico-militares é claro quanto à autonomia didático-pedagógica e que não pode ocorrer ‘essa interferência’ [2]. Ela sugere que o tenente utilize a oportunidade para debater o tema com os alunos e ele responde que irá remeter a questão aos seus superiores [3]. A Polícia Militar (PM) diz que não houve pedido para retirada dos cartazes, mas ‘uma consultoria junto à direção da escola sobre o tema abordado, uma vez que não condiz com a realidade e a decisão foi tomada de maneira unilateral, sem qualquer diálogo com a coordenação disciplinar que faz parte da gestão compartilhada da escola’ [4]. A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) denuncia o caso à Secretaria de Segurança Pública, à corregedoria da PM, à Secretaria de Educação, ao comitê de ética da Câmara Federal e ao Núcleo de Enfrentamento à Discriminação do Ministério Público (MPDFT) [5]. A Secretaria de Educação diz que considera ‘preocupante o fato de um estudante ter a imagem das Forças de Segurança associada ao racismo ou ao nazismo e acha importante que o tema seja debatido durante o processo pedagógico’ [6]. Em dezembro, pais de estudantes, representantes da OAB, do movimento negro, da União Brasileira de Estudantes e deputados da Câmara Legislativa do DF se reúnem na escola para protestar e pedir liberdade de expressão aos alunos e aos docentes [7]. Em maio de 2022, Pain é exonerada, gerando protestos por parte dos estudantes [8], que são repreendidos pela PM; um dos policiais ameaça aluno dizendo que iria ‘arrebentá-lo’ [9]. Em 2019, os militares apagaram um grafite no muro da CED 1 Estrutural com o rosto de Nelson Mandela e outros desenhos dos alunos . Vale lembrar que deputado aliado à gestão Bolsonaro quebrou placa que denunciava genocídio da população negra [veja aqui] e associação de PMs apresentou pedido de esclarecimento criminal contra cartunistas por charges sobre violência policial [veja aqui].
Leia as análises sobre violência policial contra negros no Brasil, sobre como funcionam as escolas militarizadas e seu desempenho. Ouça as análises sobre racismo e atuação policial e sobre o plano do governo Bolsonaro para as escolas cívico-militares.
O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro realiza operação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, e oito pessoas são encontradas mortas em uma região de manguezal do bairro [1]. A Polícia Civil identifica seis das oito vítimas [2] e, segundo a corporação, duas não tinham passagens pela polícia [3]. A ação do Bope na comunidade é realizada após a corporação receber informações de que um policial militar havia sido morto em um patrulhamento na região [4]. Durante a operação, os policiais apreenderam munições de fuzil, carregadores e uniformes camuflados [5]. O Governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro disse que ¨ Ninguém vai camuflado para o mangue trocar tiro com a polícia de airsfoft… Se foi completamente vestido camuflado trocar tiro com a polícia no mangue, certamente coisa boa não estava fazendo”. Moradores do Complexo do Salgueiro relatam que os corpos apresentam sinais de tortura e que a ação foi uma chacina [6], uma das testemundas afirma que uma das vitimas estava com a garganta ‘raspada de faca’ e um tiro que entrou pelas costas e saiu pela barriga [7]. — as vítimas foram atingidas, por pelo menos 47 tiros de fuzil na cabeça e no tórax [8], segundo reportagem da Globo os policiais que participaram da operação dispararam um total de 1.514 tiros [9]. Entidades de defesa de direitos humanos como a Defensoria Pública, a Anistia Internacional e a Human Rights Watch, cobraram investigações rigorosas e que o caso ainda está mal explicado [10]. Os assassinatos ocorrem durante período em que o Supremo Tribunal Federal (STF) restringiu as operações policiais no Rio de Janeiro a casos excepcionais por conta da pandemia da covid-19 [11]. Desde então, as polícias ficaram obrigadas a informar ao Ministério Público a ocorrência das operações e o que justificou a excepcionalidade, entretanto o Ministério Público afirma que as polícias Militar e Civil não têm o dever de comunicar ações rotineiras ao órgão [12]. A Polícia Civil investiga o motivo de a Polícia Militar não ter comunicado a operação no Complexo do Salgueiro à Delegacia de Homicídios de Niterói ou ao Ministério Público [13]. Mesmo com a decisão do STF, outras chacinas ocorreram recentemente [veja aqui] no Rio de Janeiro, durante operações policiais elogiadas pelo presidente Bolsonaro [veja aqui].
Leia análise sobre as operações motivadas por vingança.
O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, escreve nas redes sociais que, após dois anos à frente da instituição não recebeu ‘nenhuma liderança do assim chamado movimento negro, em tom elogioso. Sou um negro livre! Não tenho que dialogar com escravos’ [1]. Após a repercussão da declaração, Camargo complementa afirmando que as lideranças de movimentos negros são ‘escravos do esquerdismo que degrada e rebaixa o negro’ e que ‘o movimento negro não representa os negros decentes do Brasil. É apenas, e tão somente uma militância rancorosa e fracassada’ [2]. No dia anterior, Camargo disse que o movimento negro é ‘inútil e ridículo’ e que ‘para a esquerda, pretos são como cães obedientes e servis, sem opinião e vontade própria’ [3]. Em outras oportunidades, o presidente da Fundação Palmares afirmou que o movimento negro é uma ‘escória maldita’ [veja aqui], que não há ‘racismo real’ no país [veja aqui], que o Dia da Consciência Negra ‘é uma data vergonhosa [veja aqui] e que pretende trocar o nome da instituição para homenagear a princesa Isabel em detrimento de Zumbi .
Leia as análises sobre o discurso negacionista promovido por Sérgio Camargo, o declínio da Fundação Palmares e como a gestão Bolsonaro promove o desmonte da instituição.
Policial Militar algema homem negro a moto em movimento em Sao Paulo [1]. Após ser perseguido e detido pela polícia, um motoqueiro que furou o bloqueio montado por policiais é algemado a uma moto da corporação e arrastado por ciclovia pelo agente que conduzia o veículo [2]. Motoristas que passavam pelo local do incidente, localizado na zona leste da capital paulista, filmam a ação policial que teve grande repercussão nas redes sociais [3]. A Polícia Militar de São Paulo divulga nota informando que será aberta uma investigação para apurar a conduta do policial e afirma que o militar já foi afastado das ruas [4]. As associações Educafro e Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo, ajuízam uma ação civil pública contra o governo de São Paulo pedindo ‘reparação de dano moral coletivo’ contra a população negra, pelo que classificaram como caso de ‘racismo estrutural e institucional’ [5]. Especialistas em segurança pública que analisaram as imagens criticam a conduta do policial militar que, segundo eles, comete tortura, racismo e abuso de autoridade [6]. No depoimento dos policiais na delegacia, os militares omitiram que o jovem foi algemado a moto e arrastado em via pública [7].
Leia sobre o racismo estrutural e o caso onde policiais militares de São Paulo arrastam jovem negro algemado a moto da corporação.
A Fundação Palmares divulga o novo logo da instituição sem o machado de Xangô [1], instrumento de dois gumes, representando uma justiça responsiva, e que pertence ao orixá cultuado por religiões afro-brasileiras, como a umbanda e o candomblé [2]. De acordo com o presidente do órgão, Sérgio Camargo, a ‘nova logomarca […] é inspirada nas cores da bandeira do Brasil’; ele declara que ‘negros são cidadãos brasileiros, não escravos que desembarcaram ontem do navio negreiro, nem eternas vítimas amarguradas. A nova logomarca representa a pátria sem divisões e expressa os valores que norteiam a atual gestão da Palmares: Integração, Amplitude e Dignidade’ [3]. Em agosto de 2021, foi aberto edital [veja aqui] para realizar a mudança, no qual constava um prêmio de 20 mil reais para a proposta selecionada; no entanto, esse edital foi cancelado e o novo logo é desenvolvido pela própria instituição [4]. Ao tempo do edital, Camargo justificou que a alteração buscava a laicidade do Estado e assumiu que o logotipo sempre o desagradou, mas que pensava ser a imagem de uma ‘palmeira estilizada’ [5]. A Palmares divulgou que o cancelamento do edital ocorreu em virtude de os três trabalhos selecionados não terem cumprido com as regras do concurso [6]. De acordo com o diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira, Marcos Petrucielli, a inspiração para a criação da nova identidade visual era a busca pela ‘harmonia entre o preto, o branco e o miscigenado’ e que as cores da bandeira representam o povo como um todo, sem distinção de classe, credo ou cor [7]. A vereador Erila Hilton (PSOL) ingressa com ação popular argumentando que o novo logotipo promove o racismo religioso e foi criado com desvio de finalidade e violação à impessoalidade de entidade pública; a Justiça Federal intima Camargo para explicar a mudança [8]. Camargo coleciona uma série de falas polêmicas e contrárias aos propósitos da Palmares, ele já declarou que não existe ‘racismo real’ no Brasil [veja aqui], defendeu o fim da celebração do Dia da Consciência Negra [veja aqui], chamou o movimento negro de ‘escória maldita’ [veja aqui] e quer trocar o nome da instituição para homenagear a princesa Isabel .
Leia as análises sobre como a remoção do machado de Xangô relaciona-se com racismo religioso, com a laicidade do Estado e com o governo de Jair Bolsonaro.
O estado do Maranhão ignora dados raciais das operações da Polícia Militar que resultam em mortes pela própria corporação [1]. Um dos estados brasileiros com as maiores taxas de letalidade policial – 97 óbitos em 2020, segundo os dados mais recentes [2] -, além de um dos maiores percentuais de população negra no país – 76,2% dos maranhenses, segundo o último Censo [3] – se omite a respeito da racialidade das vítimas ao não produzir tais informações [4]. As forças de segurança maranhenses têm como prática não captar cor/raça das vítimas da letalidade policial, o que sistematiza institucionalmente o racismo estrutural do órgão, indica o relatório da Rede de Observatórios da Segurança [5]. Como comparativo, o boletim reporta a morte de uma pessoa negra pela polícia a cada quatro horas na Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo [6]. Desses, apenas a Bahia tem uma população negra percentualmente maior que o Maranhão (76,5%) [7]. Em 2020, o Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos já havia retirado dados sobre violência policial de relatório sobre violações de direitos humanos [veja aqui]. Além disso, o discurso legitimador da ação violenta da polícia militar é feito por várias autoridades, como o ex-governador do Rio de Janeiro [veja aqui], o governador de São Paulo [veja aqui] e o próprio presidente [veja aqui]. Também houve aumento de mortes por policiais no Rio de Janeiro durante a quarentena e São Paulo [veja aqui].
Leia análises sobre o genocídio da população negra e o racismo na omissão dos dados sobre violência policial, além do relatório da Rede de Observatórios da Segurança sobre o tema.
Militar Aurélio Alves Bezerra dispara contra vizinho após tê-lo confundido com ladrão. Durval Teófilo Filho tentava abrir manualmente o portão de sua casa em Colubandê, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, quando foi atingindo. Ele foi socorrido pelos vizinhos e levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos [1]. O caso é encaminhado para Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG); segundo dados da Polícia Civil agentes da instituição já realizaram diligências para esclarecer os fatos [2]. Em depoimento na DHNSG Bezerra, sargento da marinha responsável pelos disparos, afirma que o confundiu com um ladrão, pois assaltos são comuns na região e não havia o reconhecido, e declara que a vítima não tinha nenhuma arma nas mãos. O militar é indiciado por homicídio culposo e é estipulada a fiança de R$ 120 mil. A viúva de Durval, afirma que seu marido foi vitima da racismo e que a fatalidade não teria acontecido se ele fosse branco [3]. O caso retrata mais um exemplo de violência contra a população negra no Rido de Janeiro [veja aqui].
Leia mais sobre sobre outros casos de violência militar