Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Ministro da Saúde afirma que é contra a obrigatoriedade do uso de máscaras

Tema(s)
Negacionismo, Saúde
Medidas de estoque autoritário
Redução de controle e/ou centralização

Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, declara ser contra o uso obrigatório de máscaras, durante entrevista em canal bolsonarista nas redes sociais [1]. Queiroga afirma que o uso de máscaras deve ser ‘um ato de conscientização’ e não um ato obrigatório, já que no Brasil há muitas leis com pouca observância pela população [2]. Cinco dias após a entrevista de Queiroga, Bolsonaro declara que o Ministério da Saúde (MS) irá deixar de sugerir o uso de máscara pela população [3]. No dia 25/08, Queiroga volta a se opor às leis que obrigam o uso de máscaras e à ‘suposta indústria de multas’ [4], visto que vários estados brasileiros adotaram a imposição de multas para que a população usasse máscara [5]. Em 10/06, Queiroga já havia afirmado que estava requisitando estudos sobre a possibilidade de dispensar o uso de máscaras [veja aqui], após Bolsonaro afirmar que o MS publicaria parecer sobre a não obrigatoriedade do uso de máscaras por quem já foi contaminado ou vacinado [veja aqui]. No mesmo dia da entrevista de Queiroga, a Subprocuradora-geral da República envia parecer ao Supremo Tribunal Federal defendendo Bolsonaro e questionando a eficácia da máscara, após o presidente retirar as máscaras de crianças durante manifestações [veja aqui]. Tanto as declarações do ministro da Saúde quanto o parecer da Subprocuradora vão em sentido oposto ao afirmado por especialistas, visto que vários estudos já comprovaram a eficácia da máscara na diminuição da transmissão da covid-19 [6]. Ademais, especialistas também afirmam que diante do surgimento da variante Delta é necessário continuar utilizando a máscara para conter a transmissão do vírus por aerossóis [7].

Leia sobre a eficiência de vários tipos de máscara e entenda por que é necessário continuar usando máscara mesmo após vacinado.

19 ago 2021
 
Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro soma mais um ato contra recomendações médicas e sanitárias na terceira semana de agosto, em meio à pandemia

Tema(s)
Distanciamento social, Saúde
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos
Estado
São Paulo

Como na semana anterior [veja aqui], o presidente da República, Jair Bolsonaro, descreditou recomendações médicas e sanitárias [1]. Em 21/08, Bolsonaro vai a região do Vale do Ribeira para visitar familiares e sua mãe e, ao passar pelas cidades de Iporanga, Eldorado, Itaóca e Ribeira, é multado em 3 ocasiões pelo não uso de máscara [2]. O presidente já acumula seis dessas multas desde junho [3]. De acordo com o último balanço da Secretaria de Saúde de São Paulo, o valor total das multas de Bolsonaro poderiam chegar a até R$3 milhões [4]. A primeira infração ocorreu em 12/06, também pelo não uso de máscara [5]. Entre 15/08 e 21/08, o número de infectados pela covid-19 no país é de 20.361.493 milhões casos e as mortes somam 569.218 mil pessoas, de acordo com dados do consórcio de veículos da imprensa [6].

21 ago 2021
 
Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro acumulou ao menos 2 atos contra recomendações médicas e sanitárias nos 10 últimos dias de agosto, em meio à pandemia

Tema(s)
Distanciamento social, Saúde
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Como na semana [veja aqui] e no mês [veja aqui] anteriores, o presidente da República Jair Bolsonaro descreditou recomendações médicas e sanitárias. Em 27/08, em Goiânia, o presidente Bolsonaro participou de mais uma motociata sem máscara [1], e promoveu aglomerações com seus apoiadores antes e após o evento [2]. Alguns deles faziam pedidos de intervenção militar e ataques aos ministros do STF, Congresso e governadores [3]. Em 31/08 o presidente, na cidade de Uberlândia, participou de solenidade durante a manhã, e, após, participou de outra de uma motociata pela cidade [4], mais uma vez sem máscara e promovendo aglomerações [5]. Este é o nono evento desse tipo que Bolsonaro participa desde maio. Entre 22/08 e 31/08, o número de infectados pela covid-19 no país subiu de mais de 20,5 milhões de casos [6] para quase 20,8 milhões [7] e as mortes ultrapassaram o patamar de 580 mil pessoas [8], de acordo com dados do consórcio de veículos da imprensa.

Leia análise sobre a política negacionista de Bolsonaro por especialistas em direito sanitário.

31 ago 2021
 
Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Governo reduz verba para compra de vacinas em 2022, em meio a debates sobre necessidade de terceira dose

Tema(s)
Administração, Saúde
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Governo Federal reduz em 85% as verbas destinadas à compra de vacinas contra a covid-19 no orçamento de 2022 [1]. Segundo representantes do Ministério da Saúde (MS), o valor será destinado para compras de vacinas da AstraZeneca e seringas [2]. Em meio às discussões sobre a aplicação de terceira dose de vacinas [3], o orçamento seria suficiente para 140 milhões de doses, o que não cobre toda a população adulta brasileira [4]. Membros do MS afirmam que o cenário da pandemia é incerto, que pode haver sobras de vacinas de 2021 e que, se necessário, farão novos contratos com outros fornecedores [5]. Segundo o governo, é ‘impossível dimensionar situações imprevisíveis que podem demandar atuação imediata do poder público’ [6]. Para 2021, o governo não destinou verbas para o combate a pandemia por ‘não prever o crescimento dela’ [veja aqui], mas destinou o valor de R$ 3 bilhões em orçamento ‘secreto’ usados pelo governo para obter o apoio do Congresso Nacional [veja aqui]. Durante a pandemia, o governo negligenciou a compra de vacinas [veja aqui], desacreditou sua eficácia [veja aqui] [veja aqui] e promoveu tratamento sem eficácia comprovada [veja aqui] [veja aqui]. O Plano Nacional de Imunização (PNI) também está cercado de controvérsias, como a imunização de militares como grupo prioritário [veja aqui], as disparidades regionais e diferenças na priorização de grupos de riscos [veja aqui], diversas alterações no calendário [veja aqui], a recusa em uniformizar medidas contra a covid em nível nacional [veja aqui], atraso na entrega de vacinas [veja aqui] [veja aqui] e falta dos imunizantes [veja aqui]. Além disso, existem investigações em andamento acerca de irregularidades [veja aqui] e cobrança de propina [veja aqui] na compras de vacinas e a CPI da covid-19 analisa negociações com empresas fantasma [veja aqui].

01 set 2021
 
Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Ministro da Saúde fala em ‘excesso de vacinas’ no país

Tema(s)
Negacionismo, Saúde
Medidas de estoque autoritário
Flexibilização de controle

O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, diz que há excesso de vacinas no Brasil [1]. A declaração foi feita nesta data durante evento na cidade de Guarulhos (SP), onde Queiroga afirmou que é preciso acabar ‘com essas narrativas de falta de vacina. Isso não é procedente, o Brasil vai muito bem’, negando haver problemas na distribuição dos imunizantes no país [2]. A fala do ministro ocorre em um momento onde faltam imunizantes para antecipar a segunda dose em muitos estados e municípios – em alguns casos, o intervalo entre aplicações da segunda dose teve que ser atrasado por falta de vacinas [3]. Na capital paulista, por exemplo, quase 100% dos postos de vacinação registraram falta da AstraZeneca para aplicação de segundas doses [4]. O atraso na aplicação da segunda dose de vacinas preocupa especialistas, que são categóricos ao afirmar que não existe garantia de eficácia na proteção proposta pelas vacinas, caso ocorram atrasos no cronograma de aplicação da segunda dose, conforme apontam evidências científicas [5]. Em 07/01, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) deixou o cargo motivada pela falta de vacinas e por política do governo federal contra a imunização [veja aqui]; no mesmo mês, ao menos 10 estados suspenderam a vacinação contra a covid-19 por falta de imunizantes [veja aqui]. Especialistas atribuem o atraso na vacinação a medidas erráticas do governo federal e problemas estruturais como o tamanho da população e estrutura econômica do país [6].

Leia sobre os atrasos na vacinação em decorrência de ações do governo federal.

15 set 2021
 
Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Ministério da Saúde contraria ANVISA e suspende vacinação de adolescentes após pressão de Bolsonaro

Tema(s)
Negacionismo, Saúde
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Sob pressão do presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Saúde emite nota técnica recomendando a suspensão da vacinação em adolescentes sem comorbidades [1]. O comunicado, divulgado sem o conhecimento prévio dos técnicos responsáveis pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), [2] contraria a instrução anterior da Anvisa (Agência Nacional Sanitária) que permitia a vacinação de menores de 18 anos com o imunizante da Pfizer [3]. O Ministro Marcelo Queiroga [veja aqui] justifica a revisão por dúvidas sobre a segurança e eficácia dos imunizantes em adolescentes [4], mas a decisão é tomada após sucessivas críticas sem embasamento científico [veja aqui][veja aqui] e relatos de supostas reações à vacina do presidente [veja aqui] e de seus apoiadores [5]. Gestores públicos das secretarias de saúde e do SUS criticam a medida, afirmando que a nova diretriz foi tomada sem diálogo com as entidades, à revelia do que recomenda a Anvisa, chamada por eles a se manifestarm sobre o caso [6]. O órgão sanitário, por sua vez, alega que investiga as supostas reações adversas da vacinação em adolescentes, mas nega a necessidade de alteração da bula e, consequentemente, dos parâmetros do esquema vacinal adotado anteriormente [7].

Saiba mais sobre a vacinação contra a Covid-19 em adolecentes.

17 set 2021
 
Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Governo Federal paga pelo menos R$ 124 milhões a empresas acusadas de envolvimento com garimpo ilegal em terras indígenas em Roraima

Tema(s)
Meio Ambiente, Povos indígenas, Saúde
Medidas de estoque autoritário
Ataque a pluralismo e minorias

O governo federal pagou R$ 124 milhões a empresas acusadas de garimpo ilegal em terras indígenas no estado de Roraima, segundo reportagem desta data [1]. Desse valor, R$ 75 milhões foram pagos durante o governo Jair Bolsonaro [2]. As empresas, que atuam como ‘taxis aéreos’, são contratadas para atender às necessidades logísticas dos chamados Distritos Sanitários Indígenas (DSEIs), transportando equipes de saúde e medicamentos [3]. No entanto, operação da Polícia Federal junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) interditou mais de 60 aeronaves suspeitas de atuação em mineração na terra Yanomami [4]. Foram encontrados motores, maquinários usados em garimpo e uma quantidade de minério [5]. Embora os pagamentos ocorram desde 2014, foram intensificados durante a gestão de Bolsonaro [6]. Vale ressaltar o avanço das políticas do governo federal direcionadas à exploração de atividades econômicas em áreas de proteção ambiental [veja aqui] e a alta recorde de pedidos de mineração em terras indígenas . Além disso, o descaso com os povos indígenas é frequente no governo: em maio de 2020, o povo Yanomami sofreu ataques de garimpeiros por um mês e não recebeu proteção dos órgãos responsáveis [veja aqui]. Ainda, relatório demonstrou que indígenas de Roraima receberam remédios ineficazes para o tratamento da covid-19 e aponta também a possibilidade de vacinas terem sido destinadas a garimpeiros em troca de ouro [veja aqui].

Leia mais sobre os conflitos com o garimpo na região, a escalada da mineração durante o governo de Jair Bolsonaro e os problemas que ameaçam a Terra Indígena Yanomami.

22 set 2021
 
Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Ministério da Saúde deixou vencerem 32 tipos de insumos para controle e tratamento de doenças, dentre eles testes para diagnóstico do coronavírus

Tema(s)
Saúde
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), ligada ao Ministério da Saúde, deixou vencerem milhares de kits para diagnóstico da covid-19 e também dezenas de medicamentos e vacinas para outras doenças segundo apuração da mídia desta data [1]. Na lista de itens que se perderam estão 18 mil kits para diagnóstico de covid [2], dengue, zika e chikungunya, vacinas contra gripe, pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) e BCG, soros e diluentes [3]. Os insumos somam 1,8 milhão de unidades e custaram R$ 190,8 aos cofres públicos [4]. Um ofício da coordenadora-geral substituta de Logística de Insumos Estratégicos para Saúde, Katiane Rodrigues Torres, de 22/09, registrou que houve ‘comunicação prévia, da proximidade de vencimento desses medicamentos’. Ela apontou, no entanto, a ausência de resposta das áreas responsáveis em tempo hábil para a distribuição destes Insumos Estratégicos para Saúde [5]. Fernandes citou, que houve uma reunião da pasta com o ministro da Saúde Marcelo Queiroga [6], secretários e a consultoria jurídica da Saúde, em 13/09, na qual ‘foi exposta a situação dos medicamentos que encontram-se armazenados em Guarulhos e que estão com o prazo de validade vencido’ [7]. Os produtos vencidos seriam destinados a pacientes do SUS com hepatite C, câncer, Parkinson, Alzheimer, tuberculose, doenças raras, esquizofrenia, artrite reumatoide, transplantados e problemas renais, entre outras situações [8], No fim de agosto, o governo da Bahia reclamou do atraso na entrega de medicamentos pelo ministério, como o metotrexato, usado para alguns tipos de câncer. Há 24 mil frascos-ampola vencidos no almoxarifado do governo Bolsonaro [9]. Procurada, a Saúde não explicou por que os produtos perderam a validade e qual o tamanho e valor do estoque que conseguiu repor nas negociações com fabricantes [10]. O governo de Bolsonaro tem uma posição de resistência às medidas de combate a pandemia do covid-19 como quando ignorou oferta de vacina pela metade do preço [veja aqui] ou quando por meio de embaixadora omite a dimensão da pandemia no país [veja aqui] e quando em 22/11/2020 o Ministério da Saúde deixa 6,8 milhões de testes de coronavírus estocados, sob risco de perderem a validade. [veja aqui].

Leia sobre o requerimento de informações sobre os insumos vencidas, pela deputada Marília.

29 set 2021
 
Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro veta distribuição gratuita de absorventes

Tema(s)
Gênero e orientação sexual, Saúde
Medidas de estoque autoritário
Ataque a pluralismo e minorias

O presidente da República Jair Bolsonaro veta distribuição gratuita de absorvente à mulheres de baixa renda [1]. A medida constava no Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, aprovado no Congresso em setembro deste ano, porém todos os artigos que previam a disponibilização gratuita do produto de higiene, o principal foco do programa , foram vetados pelo presidente [2]. Sem a distribuição de absorventes o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, perde seu principal foco que é combater de forma efetiva a pobreza menstrual e passa a ser uma campanha informativa sobre a saúde da mulher. Bolsonaro alega que o veto se deu em virtude de falta de verbas do governo federal para custear os absorventes e diz ‘eu não tenho alternativa, sou obrigado a vetar’ [3]. Segundo apuração da imprensa, Os ministérios da Economia, da Educação e da Saúde sugeriram o veto ao presidente – as pastas afirmaram que os absorventes não fazem parte dos insumos padronizados do SUS e a definição das beneficiárias da medida ‘não se adequaria ao princípio da universalidade, da integralidade e da equidade’ do sistema [4]. Um relatório lançado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em maio deste ano mostrou que cerca de 713 mil meninas brasileiras vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas [5]. Em resposta ao veto presidencial, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), e uma das autoras do projeto, diz que o veto será derrubado pelo Congresso [6]. Entidades da sociedade civil consideram o veto presidencial um retrocesso, pois, milhões de mulheres em situação de vulnerabilidade social não têm acesso ao item básico de higiene e afirmam que assegurar a saúde e a dignidade da população é dever do governo [7]. Vale lembrar que em junho deste ano ao ser convocado para participar de fórum da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre desigualdade de gênero, Governo Federal demonstrou desinteresse [veja aqui]. Em 22/07/2021, Bolsonaro propôs o dia nacional do nascituro em projeto de lei juntamente com a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves [veja aqui].

Leia sobre a pobreza menstrual no Brasil.

07 out 2021
 
Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro edita decreto que facilita autorização de agrotóxicos

Tema(s)
Meio Ambiente, Saúde
Medidas de estoque autoritário
Redução de controle e/ou centralização

O presidente Jair Bolsonaro edita decreto que altera as regras para a utilização, importação e exportação de agrotóxicos no país [1]. O texto permite que pesticidas que causam doenças como câncer possam ser liberados no país caso exista um ‘limite seguro de exposição’ e estipula um prazo de até três anos para a análise sobre a segurança dos defensivos agrícolas [2] [3]. De acordo com a lei anterior, o prazo para a autorização de novos agrotóxicos era de 120 dias [4]. Na prática, a liberação ocorre após cerca de seis anos [5]. O decreto prevê maior rapidez para a aprovação do registro de defensivos agrícolas e regras para a priorização de novos registros [6]. Segundo o governo, o objetivo é aumentar a concorrência no mercado de agrotóxicos [7]. Ambientalistas criticam a medida, argumentando que o decreto permite que sejam liberados produtos sem que sejam avaliados os reais danos à saúde [8]. O decreto ocorre enquanto o chamado ‘PL do Veneno’, projeto que pretende flexibilizar o uso de agrotóxicos no país, segue parado no Congresso Nacional [9]. O Brasil assiste, nos últimos anos, a um recorde de liberação de agrotóxicos [veja aqui]. De acordo com a ferramenta Robotox, desde o início do mandato de Jair Bolsonaro, 1422 novos agrotóxicos foram aprovados [10]. Em 2020, a Anvisa liberou uso de agrotóxico associado a doença neurológica e morte de agricultores [veja aqui].

Leia as análises sobre o maior número de agrotóxicos registrado na história e por que seu consumo aumenta, dados os riscos à saúde.

07 out 2021
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